O Partido Socialista, que já estava no poder em Portugal, ganhou uma inesperada maioria absoluta nas eleições gerais de domingo (30/1) pela segunda vez em sua história.
A eleição foi convocada no ano passado, quando o primeiro-ministro Antonio Costa não conseguiu aprovar o orçamento após ter perdido o apoio de dois partidos menores.
Costa afirma que Portugal precisava de estabilidade para garantir a recuperação econômica, depois da crise provocada pela pandemia.
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Em seu discurso de vitória, o primeiro-ministro prometeu que governaria para todos. "A maioria absoluta não significa poder absoluto. Não significa governar sozinho. É uma responsabilidade a mais."
O Partido Socialista conquistou 117 das 230 vagas no Parlamento, um crescimento de nove vagas em relação à legislatura passada. Os sociais-democratas de centro-direita, que formam a principal frente de oposição, conquistaram 71 cadeiras.
A vitória dos socialistas significa que Portugal provavelmente terá um governo estável para tentar tirar o país da pandemia e administrar um pacote de € 16,6 bilhões (quase R$ 100 bilhões) de fundos de recuperação da União Europeia.
Costa disse que quando o presidente de Portugal lhe pedir para formar um governo (como se espera que aconteça após a vitória do partido nas eleições), seu partido estará aberto ao diálogo com todas as forças políticas, exceto o Chega.
O Chega será o terceiro maior partido no Parlamento pela primeira vez, conquistando 12 assentos. Seu líder, o ex-comentarista esportivo de TV André Ventura, fez campanha protestando contra a corrupção e a comunidade cigana, e pedindo castração química para criminosos sexuais.
Ventura disse que o resultado de domingo marca o fim da oposição "suave" aos socialistas.
Estima-se que mais de 10% dos 10 milhões de portugueses estavam em isolamento devido à covid-19 durante as eleições, mas o governo permitiu que todos votassem pessoalmente. Autoridades eleitorais usaram proteção especial nos postos de votação.
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