Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

EUA sanciona funcionários birmaneses um ano após golpe de Estado

Estados Unidos impuseram nesta segunda-feira (31) sanções financeiras a sete pessoas e duas entidades "vinculadas ao regime militar de Mianmar" no momento em que se completa um ano do golpe de Estado que derrubou a líder civil Aung San Suu Kyi.



As sanções foram adotadas em coordenação com Reino Unido e Canadá e afetam os principais funcionários judiciais do país: o procurador-geral Thida Oo, o presidente da Suprema Corte Tun Tun Oo e o chefe da comissão anticorrupção Tin Oo, segundo um comunicado do Tesouro americano.

A Procuradoria-Geral, dirigida por Thida Oo, "elaborou acusações motivadas politicamente pelo regime" contra Aung San Suu Kyi, o ex-presidente da República Win Myint e outros líderes pró-democracia, segundo o Tesouro.

A Suprema Corte está acusada de ter estado "envolvida nos processos do regime" contra Aung San Suu Kyi e outros líderes.

A comissão anticorrupção "apresentou acusações falsas de corrupção" contra a ex-líder birmanesa e outros funcionários do governo civil para que eles e a Liga Nacional pela Democracia (LND), o partido de Aung San Suu Kyi, não possam exercer como partido político.



"Um ano depois do golpe de Estado, Estados Unidos, junto com Reino Unido e Canadá, estão ao lado do povo de Mianmar que quer liberdade e democracia", afirmou o subsecretário do Tesouro dos Estados Unidos, Brian Nelson, citado no comunicado.

"Seguiremos apontando contra os responsáveis do golpe de Estado e a violência atual, os cúmplices da repressão brutal do regime e seus patrocinadores financeiros", acrescentou.

Aung San Suu Kyi, de 76 anos, está detida desde o golpe de Estado que encerrou uma década de transição democrática.

A prêmio Nobel de la Paz acaba de ser indiciada. É acusada de ter pressionado a comissão eleitoral durante as eleições legislativas de 2020, vencidas pelo LND.

Já foi condenada a seis anos de prisão e corre risco de pegar décadas de prisão no final do julgamento.

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