A companhia aérea, que formalizou o acordo durante a visita do emir do Catar à Casa Branca, também assinou uma carta de intenções para adquirir 25 aeronaves 737-10 e indicou estar pronta para concretizar um pedido de um total de até 50 aviões 737 MAX.
O anúncio é um revés para a Airbus, que no verão passado lançou uma versão de carga de seu A350 na esperança de competir melhor com a Boeing no ramo de frete. Até agora, a fabricante europeia não fazia frente a seu concorrente e seus modelos B747, B767 e B777.
A Airbus, porém, tem uma disputa aberta com a Qatar Airways, que a critica por defeitos nos aviões de passageiros A350.
Para a Boeing, trata-se de uma ótima notícia. A encomenda de 50 aeronaves "representa dois anos completos nas linhas de produção", disse seu diretor executivo, Dave Calhoun, durante a assinatura do contrato.
A versão de carga do 777X "responderá a uma necessidade importante na cadeia de suprimentos", acrescentou.
O programa do 777X foi lançado em 2013 e a primeira aeronave deveria entrar em serviço em 2020, mas as entregas foram adiadas várias vezes e agora são esperadas até o final de 2023.
No entanto, o grupo viu suas entregas começarem a aumentar em 2021, após dois anos complicados por contratempos com seu avião principal, o 737 MAX, e também devido à pandemia.
Mas a Boeing ainda precisa resolver a suspensão das entregas do 787 Dreamliner, que sofre com problemas de produção desde o verão de 2020.
Ao lançar uma nova versão do avião de carga 777X, a Boeing tenta tirar proveito do atual boom nos transportes aéreos, alimentado pelo aumento do comércio online e congestionamento no transporte marítimo.
Este segmento constitui uma fonte de receitas no momento em que as encomendas de grandes aeronaves de passageiros são afetadas pela epidemia de covid-19 e pela diminuição da frequência dos voos internacionais.
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