Diante do tráfico de drogas, armas e migrantes, os dois países vizinhos lançarão "101 ações" para "prevenir crimes transfronteiriços e perseguir redes criminosas", resumiu o chanceler mexicano, Marcelo Ebrard, durante entrevista à imprensa com o embaixador dos Estados Unidos, Ken Salazar.
Este plano de ação faz parte do novo "Acordo do Bicentenário" anunciado no início de outubro durante a visita do secretário de Estado americano, Antony Blinken.
Nesta sexta-feira, o presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, questionou a presença de agentes do FBI para investigar o assassinato de dois canadenses na semana passada em Cancún, um ponto turístico do Golfo do México.
"Pedimos ao embaixador dos Estados Unidos que nos informe. Não nos opomos a trabalhar de forma coordenada contra o crime, mas não podemos permitir que nossa soberania seja violada", disse o presidente a repórteres.
"Como é o caso das investigações criminais do governo de Quintana Roo (o estado mexicano onde está localizada Cancún), qualquer envolvimento de agências federais dos EUA (...) no México será feito de maneira transparente e em estrita consulta com autoridades mexicanas", afirmou o embaixador Salazar no domingo.
Há apenas um ano, o México adotou uma nova lei de segurança nacional que visa "garantir a soberania do país" e "regular as ações de agentes estrangeiros".
A lei tem como alvo principalmente agentes do FBI, da CIA (Agência Central de Inteligência) e da DEA, agência antidrogas dos Estados Unidos, atuante em território mexicano.
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