A agência da ONU também validou outro recorde, o do raio de maior duração, registrado em 18 de junho de 2020. Durante uma tempestade elétrica no Uruguai e na Argentina, o raio se prolongou por 17,102 segundos.
O recorde de duração anterior era de 16,73 segundos, atribuído a um raio que atingiu o norte da Argentina em 4 de março de 2019.
Os especialistas da OMM se baseiam na tecnologia de satélite para medir os raios. O que bateu o recorde de longitude em 2020 percorreu uma distância horizontal de 768 km no sul dos Estados Unidos (Texas, Louisiana e Mississippi). Até agora, o recorde de distância era de um raio de 709 km que cruzou o sul do Brasil em 31 de outubro de 2018.
Os dois novos recordes foram estabelecidos em áreas conhecidas por esse tipo de fenômeno nas Américas do Norte e do Sul: as Grandes Planícies, na América do Norte, e a Bacia do Prata, na América do Sul.
"Os raios são um perigo importante e muitas pessoas morrem anualmente. Esses novos registros destacam a preocupação grave com a segurança pública associada às nuvens eletrificadas, as quais produzem raios que podem percorrer distâncias consideráveis", destacou o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas.
- 'Valores ainda mais extremos' -
Os novos recordes validados pela OMM, que mantém o registro oficial de fenômenos extremos, foram publicados no Boletim da Sociedade Meteorológica Americana. "É provável que existam valores ainda mais extremos, e provavelmente poderemos observá-los quando as técnicas de detecção de raios forem ainda mais sofisticadas", indicou Randall Cerveny, relator da OMM para os fenômenos meteorológicos e climáticos extremos.
Segundo Ron Holle, especialista em raios e membro do Comitê de Extremos Meteorológicos e Climáticos da OMM, as duas descargas que bateram recorde "não foram eventos isolados, mas ocorreram durante tempestades".
De acordo com a OMM, os únicos lugares seguros para se proteger são grandes edifícios com fiação e encanamento, ou veículos totalmente fechados com teto de metal.
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