Jornal Estado de Minas

QUITO

Deslizamento de terra deixa 11 mortos no Equador após arrasar ginásio

Um deslizamento de terra causado pelas chuvas mais intensas das últimas duas décadas em Quito deixou pelo menos 11 mortos, nove desaparecidos e 32 feridos, na segunda-feira (31), após a destruição de uma quadra de esportes - anunciaram autoridades locais.



"Até agora, são 11 mortos", disse o prefeito da capital equatoriana, Santiago Guarderas, em um primeiro balanço da situação.

Mais tarde, a prefeitura divulgou um comunicado, informando que 32 pessoas ficaram feridas e que as famílias desabrigadas foram distribuídas e instaladas em oito abrigos.

O Serviço Nacional de Gestão de Riscos atualizou o balanço durante a madrugada e informou que nove pessoas estão desaparecidas e 200 ficaram desabrigadas.

Acompanhado de autoridades, como o vice-presidente equatoriano, Alfredo Borrero, Guarderas relatou, durante uma entrevista coletiva virtual, que a chuva torrencial ultrapassou a capacidade de uma estrutura de captação de água situada em uma encosta e levou a uma torrente que "se chocou contra uma quadra". Naquele momento, várias pessoas praticavam esportes no ginásio.

Guarderas disse que o volume de chuva de sábado (29) foi de 3,5 litros por m2 e, na segunda-feira (31), de 75 litros por m2, quando estavam previstos dois litros por m2.

É "um número recorde, que não tínhamos desde 2003", acrescentou.

O deslizamento da encosta do vulcão Pichincha afetou o setor de La Gasca, no lado noroeste da capital equatoriana, que vem sofrendo fortes chuvas.

Correntes de água, lama e rocha desceram a íngreme avenida La Gasca, prendendo veículos e inundando casas e ruas, segundo imagens divulgadas pelo Serviço Integrado de Segurança ECU911 para a imprensa.

A zona de emergência também sofreu a interrupção do serviço de energia, devido à queda de postes.



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