Jornal Estado de Minas

OSLO

Ativistas birmaneses, opositora bielorrussa e Greta Thunberg entre os candidatos ao Prêmio Nobel da Paz

Ativistas pró-democracia birmaneses, uma opositora russa, o papa Francisco e figuras ambientais como Greta Thunberg e David Attenbourhouhgh aparecem entre os candidatos ao próximo Prêmio Nobel da Paz.



No dia seguinte ao encerramento do prazo para submissão de candidaturas, 31 de janeiro, alguns dos nomes foram revelados pelos respectivos patrocinadores. A lista completa de candidatos é mantida em segredo por pelo menos 50 anos, conforme exigido pela organização.

Apenas um ano após o golpe militar em Mianmar, um deputado norueguês anunciou nesta terça-feira (1) que propôs como candidato o "governo de unidade nacional", vestígio do Executivo de Aung San Suu Kyi, deposto em 1º de fevereiro de 2021.

Entre os outros candidatos está o movimento de desobediência civil em Mianmar, proposto por um professor universitário norueguês.

Dezenas de milhares de pessoas (parlamentares e ministros de todos os países, ex-premiados, professores, etc.) costumam apresentar candidaturas ao Prêmio Nobel da Paz.

Os cinco membros do comitê norueguês do Nobel também poderão apresentar nomes durante sua primeira reunião para examinar as propostas em 4 de março.



o Instituto de Pesquisa para a Paz de Oslo (PRIO) apresentou a candidatura da opositora bielorrussa Svetlana Tikhanovskaya.

Ela "desempenhou um papel de linha de frente nos protestos não violentos Lukashenko e contra as autoridades bielorrussas, pedindo eleições justas e o fim da violência sobre aqueles que se manifestavam contra os abusos do atual regime", disse Henrik Urdal diretor do PRI.

Outra parlamentar norueguesa disse que nomeou o ministro das Relações Exteriores de Tuvalu, Simon Kofe, que causou sensação com seu discurso na conferência internacional COP26, gravado no mar, com água até as coxas.

Outros nomes circulam na mídia norueguesa: o Conselho do Ártico, o WikiLeaks, a delatora Chelsea Manning; o iraniano Masih Alinejad, que milita contra a obrigação de usar véu, e a Otan, num contexto de tensões entre países ocidentais e Rússia sobre a Ucrânia.

E com o noticiário mundial dominado pela pandemia de covid-19 há dois anos, organizações e indivíduos envolvidos no combate à crise sanitária sem dúvida farão parte da lista.

A premiação será anunciada no início de outubro em Oslo.

No ano passado, o prêmio foi concedido a dois jornalistas, a filipina Maria Ressa e o russo Dmitri Muratov, pela defesa da liberdade de expressão.