O Google se mantém como o ponto forte da atividade on-line, com ofertas como o seu motor de buscas, as compras e a plataforma de vídeos YouTube, que lhe dão alcance mundial.
A gigante da web anunciou lucro líquido de 20,6 bilhões de dólares, que mostram um crescimento de 32% no último trimestre de 2021. A Alphabet fechou o ano com um lucro líquido total de 76 bilhões de dólares. A cifra quase dobrou os 40 bilhões de dólares ao ano obtidos no exercício 2020.
O CEO do grupo, Sundar Pichai, destacou como explicação o "sólido crescimento nos serviços de anúncios de empresas... Vendas trimestrais dos nossos telefones Pixel, apesar dos problemas na cadeia de abastecimento, e nosso serviço para empresas Cloud, que continua crescendo".
No total, o Google faturou mais de 61 bilhões de dólares em receita publicitária, principalmente em suas plataformas de buscas on-line e de vídeo, enquanto seu negócio na nuvem cresceu 45%, a 5,5 bilhões de lucro.
O poder on-line do Google ganhou novas alturas durante a pandemia, mas, ao mesmo tempo, deixou a empresa na mira dos reguladores ao redor do mundo. Pichai indicou em conferência telefônica que a Alphabet está aberta a uma regulação "razoável" pelo Congresso, mas está "genuinamente preocupada que possam prejudicar uma ampla gama de serviços populares que oferecemos aos nossos usuários".
Os ganhos significativos da Alphabet são anunciados depois que a Apple, outra vencedora em tempos de pandemia, reportou uma receita recorde na semana passada. No entanto, o escrutínio dos reguladores em todo o mundo aparece como um dos riscos mais significativos para a gigante do Vale do Silício.
"O Google tem uma das batalhas mais difíceis em termos de problemas antitruste entre todas as grandes empresas tecnológicas", publicou o analista da Third Bridge Scott Kessler. "Apesar do tamanho maior da Apple e da má publicidade da Meta / Facebook, o Google é visto como a empresa que corre mais risco em termos de legislação antitruste dos Estados Unidos", assinalou.
SAN FRANCISCO