Desde quarta, o número de mortos por hipotermia chega a 16.
O presidente turco culpou a Grécia por essa tragédia, acusação rejeitada pelo país vizinho.
"Após as buscas realizadas na região, infelizmente foram encontrados os corpos de outros quatro migrantes", anunciou o governo de Edirne (nordeste), cidade fronteiriça com a Grécia, sem dar mais detalhes sobre o local.
Ontem, os corpos de 12 migrantes foram encontrados no povoado de Pasakoy, também na fronteira.
"É inadmissível deixar que 12 pessoas morram de frio. Mas não é a primeira vez que enfrentamos este comportamento por parte da Grécia", disse o presidente Recep Tayyip Erdogan nesta quinta-feira, denunciando o "silêncio" da União Europeia (UE).
Na quarta-feira, o ministro turco do Interior, Süleyman Soylu, anunciou ter encontrado os corpos de 12 migrantes e acusou os guardas de fronteira gregos de tê-los expulsado, depois de "roubar suas roupas e sapatos". A informação foi negada pelas autoridades gregas.
"A morte de 12 imigrantes na fronteira turca, perto de Ipsala, é uma tragédia", declarou o ministro grego da Migração, Notis Mitarachi.
Mas a "informação de que eles teriam sido expulsos para a Turquia é totalmente infundada. Eles nunca chegaram à fronteira", afirmou, criticando a "propaganda falsa" da Turquia.
A Turquia acusa, regularmente, as autoridades gregas de expulsarem migrantes para seu território, algo que o país vizinho nega.
Já a Grécia acusa a Turquia de fechar os olhos para as pessoas que tentam atravessar a fronteira, violando, assim, o acordo de março de 2016. Este pacto prevê um esforço da Turquia para limitar o número de migrantes.
audima