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Estado de Minas LIMA

Pinguins de Humboldt resgatados de vazamento no Peru recebem tratamento em zoo


03/02/2022 16:54

Com alimentação, hidratação e banho especiais, onze pinguins de Humboldt estão se recuperando lentamente em um zoológico depois de serem atingidos por um derramamento de óleo na costa central do Peru há quase três semanas.

A mancha negra expandiu-se com as correntes marítimas para norte, até cerca de 140 km, matando um número desconhecido de aves marinhas.

Das mais de 150 aves resgatadas vivas, quase metade morreu mais tarde. Aquelas que sobreviveram recebem cuidados no zoológico Parque de Las Leyendas, em Lima, incluindo os onze pingüins de Humboldt.

"Desde que [os pinguins] chegaram, foi uma grande preocupação para nós, já que é uma espécie muito ameaçada" que está em perigo de extinção, disse à AFP a bióloga Giovanna Yépez, vice-gerente do zoológico.

Veterinários e zoólogos retiraram o óleo da plumagem das aves resgatadas e começaram a alimentá-las e hidratá-las. Além disso, colocaram localizadores nos animais.

O vazamento, descrito como um "desastre ecológico" pelo governo peruano, ocorreu enquanto o navio-tanque de bandeira italiana "Mare Doricum" descarregava na refinaria La Pampilla em Ventanilla, 30 km ao norte de Lima, de propriedade da petrolífera espanhola Repsol.

A empresa atribuiu o fato à agitação do mar após a erupção vulcânica em Tonga.

Patrulhas de guardas florestais e voluntários, na costa e em barcos, trabalharam duro para resgatar as aves afetadas.

Com óleo nas asas, os pássaros não podem voar nem se alimentar. Além disso, sua plumagem perde sua condição térmica, razão pela qual sofrem de hipotermia.

Outras aves que não foram atingidas comeram peixes contaminados com óleo e morreram de intoxicação, segundo o Serviço Nacional de Áreas Naturais Protegidas (Sernanp).

"As penas podem estar mais limpas, podem não estar manchadas, mas mesmo dentro do bico [o óleo] já pode afetar o sistema digestivo, o fígado", disse à AFP o veterinário Giancarlo Inga Díaz, da Sernanp.

Os pinguins de Humboldt, que caçam peixes em mar aberto, podem mergulhar por mais de 15 minutos. Eles vivem em colônias nas costas do Peru e do Chile, cujas águas frias são ricas em nutrientes da Corrente de Humboldt, que se move ao norte da Antártica.

Cerca de 9.000 pinguins desta espécie (Spheniscus humboldti) vivem no Peru. Eles são pretos e brancos e têm cerca de 50 centímetros de altura.

REPSOL


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