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Estado de Minas HAVANA

Cuba e outros embargos emblemáticos


07/02/2022 10:15

Assim como Cuba, sob embargo dos Estados Unidos há 60 anos, vários países estiveram sujeitos a esse tipo de sanções desde a Segunda Guerra Mundial. A seguir, alguns exemplos emblemáticos de longos embargos, decididos no contexto de um conflito, em nome da luta contra o terrorismo ou da defesa dos direitos humanos.

- Coreia do Norte -

Em 1950, Washington impôs um embargo quase total à Coreia do Norte quando a Guerra da Coreia começou.

Em 1999, o então presidente americano Bill Clinton (1993-2001) anunciou uma ampla flexibilização das sanções econômicas, depois que o regime comunista aceitou uma moratória sobre seus testes de mísseis.

Em 2008, o governo George W. Bush (2001-2009) retirou a Coreia do Norte da lista de países patrocinadores do terrorismo, suspendendo as antigas sanções, mas impôs novas em resposta ao risco de proliferação nuclear, que já foi prorrogada.

A partir de 2006, a ONU também impôs múltiplas sanções ao país, reforçadas ao longo dos anos, como resultado dos programas nucleares e balísticos desenvolvidos por Pyongyang apesar de sua proibição.

- Vietnã -

Ao final da Guerra do Vietnã, em 1975, os Estados Unidos impuseram um embargo comercial ao país comunista.

Em 1994, quase 20 anos após o fim do conflito, Bill Clinton anunciou o levantamento do embargo, considerando que era a melhor maneira de avançar na questão dos soldados americanos desaparecidos.

O embargo de armas, estabelecido durante a guerra, foi totalmente suspenso em 2016.

- África do Sul -

Após as represálias mortais aos distúrbios de Soweto (sudoeste de Joanesburgo) em 1976, a comunidade internacional gradualmente aplicou sanções contra o regime do apartheid - segregação racial - na África do Sul.

Em 1977, a ONU decretou um embargo à venda de armas para a África do Sul (em vigor até 1994) e depois um embargo de petróleo em 1985 (retirado no final de 1993).

A Comunidade Econômica Europeia, a Commonwealth e vários países, incluindo os Estados Unidos, também impuseram sanções contra o regime oficial do 'apartheid', que foi abolido em 1991.

- Iraque -

Após a invasão do Kuwait em 1990, os Estados Unidos e seus aliados impuseram um estrito embargo contra o Iraque.

Apenas alimentos, remédios e artigos de primeira necessidade estavam isentos. O país só podia exportar petróleo bruto sob controle internacional sob o programa "petróleo por alimentos".

Por 12 anos, até a invasão de 2003 ordenada por George W. Bush, os iraquianos se viram obrigados a fazer malabarismos com cartões de racionamento e salários miseráveis. O PIB então caiu pela metade.

- Sudão -

Em 1997, Bill Clinton proibiu todos os indivíduos ou empresas americanas de fazer negócios com o Sudão, acusando seu governo de violar os direitos humanos e apoiar o terrorismo.

No entanto, uma exceção foi feita para a goma arábica, que é essencial para a fabricação de goma de mascar e da qual o Sudão é o maior exportador mundial. Este embargo acabou em 2017.

- Líbia -

Acusada de apoiar o terrorismo, a Líbia foi condenada ao ostracismo pela comunidade internacional, especialmente depois de ser responsabilizada por atentados mortais. Em 1992-1993 foi imposto um embargo aéreo e militar, reforçado por sanções econômicas e financeiras.

Em setembro de 2003, a normalização das relações com o Ocidente levou ao fim das últimas sanções, seguida pelo anúncio de Trípoli de que não desenvolveria armas de destruição em massa.

O país africano mergulhou no caos após a queda do regime de Muammar Khaddafi em 2011, ano em que um embargo de armas foi imposto.

- Irã -

Em 7 de abril de 1980, Washington rompeu relações diplomáticas com o Irã e impôs um embargo comercial, dez meses antes dos últimos reféns serem libertados da embaixada dos EUA em Teerã.

Em 1995, um embargo econômico total dos EUA foi decretado contra o Irã "que busca armas nucleares", anunciou Bill Clinton. Foi seguido por sanções contra empresas nos setores de petróleo e gás iranianos.

A partir de 2006, sanções internacionais foram impostas ao Irã para fazê-lo abandonar suas atividades nucleares, concentradas em setores-chave (defesa, petróleo, finanças etc.).

Em 2015 foi alcançado um acordo internacional que oferecia a Teerã a suspensão de parte das sanções que sufocam sua economia em troca de uma redução drástica em seu programa nuclear. Mas os Estados Unidos se retiraram do pacto em 2018, o que provocou o retorno de duras sanções, uma situação que levou o Irã a se declarar livre de seus compromissos e retomar suas atividades.


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