"Em leilão judicial irregular e clandestino", diz uma nota de imprensa do jornal, "a propriedade da sede do El Nacional e os lotes de terreno sobre os quais está construído foram concedidos a Diosdado Cabello Rondón", número dois do governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) após o presidente Nicolás Maduro.
A decisão foi anunciada após o embargo anunciado em maio de 2021 para cobrir os 13 milhões de dólares que o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), de linha oficialista, ordenou o jornal a pagar Cabello em uma denúncia por difamação, apresentada em 2015.
"Essa concessão ilegal, que devido à maneira irregular como foi executada, pode muito bem ser classificada como 'roubo judicial', completa parte da condenação imposta a este jornal, pelos supostos danos morais causados (...), em exercício legítimo de seu jornalismo investigativo", diz o El Nacional.
Cabello apresentou ações judiciais contra o jornal após uma reportagem do jornal espanhol ABC que o vinculava ao tráfico de drogas.
Mais de cem veículos de comunicação fecharam desde a chegada de Maduro ao poder, denuncia a ONG Espaço Público.