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Estado de Minas OTTAWA

Caravanas contra restrições anticovid se espalham pelo mundo


12/02/2022 17:21

O protesto liderado por caminhoneiros canadenses contra as medidas anticovid, chamado de "Combio da Liberdade", inspirou movimentos semelhantes na Europa e na Nova Zelândia.

- "Comboio da Liberdade" do Canadá -

O "Comboio da Liberdade" canadense começou no final de janeiro no oeste do país, na sequência da revolta dos caminhoneiros que tiveram que ser vacinados contra a covid-19, testados ou cumprir isolamento para cruzar a fronteira entre os Estados Unidos e o Canadá.

A grande maioria dos caminhoneiros do país está vacinada, mas um grupo de caminhoneiros anti-vacinas e com ideias semelhantes bloqueou o centro da capital canadense, Ottawa, com um protesto alto e, às vezes, agitado.

O movimento se transformou em um protesto muito mais amplo contra as regulamentações de saúde no combate a pandemia e contra o governo Trudeau.

Centenas de veículos ainda estão estacionados na colina do Parlamento, abaixo dos escritórios de Trudeau.

Na semana passada, manifestantes bloquearam três grandes passagens de fronteira com os Estados Unidos, incluindo a Ambassador Bridge em Detroit, usada diariamente por mais de 40.000 viajantes, e caminhões que transportam mercadorias avaliadas em média de US$ 323 milhões.

Mas no sábado, a polícia começou a evacuar a ponte seguindo uma ordem emitida pelo Tribunal Superior de Ontário. Enquanto isso, milhares de pessoas são esperadas em Ottawa para uma grande manifestação.

O fechamento da ponte causou transtornos à indústria automobilística em ambos os lados da fronteira.

A província de Ontário, epicentro dos protestos, declarou estado de emergência na sexta-feira e Trudeau destacou que "tudo está na mesa porque essa atividade ilegal deve ser interrompida".

O Departamento de Segurança Interna dos EUA pediu ao Canadá que use "poderes federais" para remediar a situação.

- Nova Zelândia -

Na Nova Zelândia, ativistas estão acampados nos Jardins do Parlamento de Wellington há quatro dias.

Os protestos levaram a confrontos com a polícia, que fez mais de 120 prisões.

O número de manifestantes subiu para quase 1.500 na sexta-feira, quando os oficiais reduziram seus esforços para dispersar os protestos.

- França: protestos se espalham pela Europa -

Milhares de veículos viajaram para Paris na sexta-feira em comboios partindo de toda a França, com muitos participantes esperando bloquear a capital para protestar contra as regras de vacinação anticovid e outras restrições sanitárias.

No sábado, uma parte conseguiu chegar à Champs Elysées, no centro da capital. A polícia disparou gás lacrimogêneo e aplicou centenas de multas para dispersar o comboio de veículos que tentava bloquear o trânsito na famosa avenida.

A dois meses das eleições presidenciais, os apoiantes deste movimento assumem também a responsabilidade pelos "coletes amarelos", a mobilização popular que abalou a França entre 2018 e 2019, desencadeada pela subida do preço da gasolina e que se transformou numa revolta contra o presidente Emmanuel Macron.

- Bélgica -

As autoridades belgas também disseram que proibirão os comboios que devem convergir para Bruxelas na segunda-feira, de acordo com uma chamada de protesto que circula nas redes sociais.

- Holanda -

No sábado, os opositores das restrições sanitárias chegaram em caminhões em Haia e bloquearam o centro da cidade por várias horas.

Os organizadores pediram o fim das restrições sanitárias.

- Áustria -

A polícia austríaca proibiu qualquer "Comboio da Liberdade" após relatos de que centenas de veículos deveriam se dirigir para Viena.

- Estados Unidos -

Defensores americanos dos manifestantes canadenses foram às mídias sociais para anunciar o "Comboio do Povo" de caminhoneiros e de "todos os americanos amantes da liberdade" para se reunir no leste de Los Angeles em 4 de março, antes de partir para as rodovias, possivelmente em direção à Washington.


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