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Estado de Minas CABUL

ONU: quatro ativistas feministas detidas no Afeganistão são soltas


13/02/2022 14:06

Quatro ativistas feministas detidas em Cabul nas últimas semanas e relatadas como "desaparecidas" foram soltas pelos talibãs - anunciou a missão da ONU no Afeganistão neste domingo (13).

"Após um longo período de incerteza sobre seu paradeiro e sobre sua segurança, as quatro ativistas afegãs 'desaparecidas' e pessoas próximas que também estavam desaparecidas foram liberadas pelas autoridades de facto", informou a Missão de Assistência da ONU no Afeganistão (UNAMA, na sigla em inglês), em sua conta no Twitter.

Tamana Zaryabi Paryani, Parwana Ibrahimjel, Zahra Mohamadi e Mursal Ayar sumiram poucos dias depois de participarem de um protesto antitalibãs. Os radicais islâmicos que governam o país negam tê-las detido.

A libertação de Ibrahimjel foi anunciada na sexta-feira por seu entorno. Ela foi detida junto com Paryani em 19 de janeiro, após participarem de uma manifestação em em Cabul pelo direito das mulheres de trabalharem e estudarem. Alguns dias depois, as outras duas ativistas também foram presas.

Em todas as ocasiões, parentes de ativistas feministas foram presos.

Em um vídeo postado nas redes sociais pouco antes de ser presa, Paryani se filmou pedindo ajuda no meio da noite: "Por favor, me ajudem! Os talibãs vieram na minha casa (...) Minhas irmãs estão aqui", implorou, em pânico.

Ela então implorou pela porta para não entrarem na casa. "Se quiserem discutir, podemos fazer isso amanhã. Eu não posso ver vocês no meio da noite quando as meninas estão (em casa). Eu não quero (abrir)... Por favor! Me ajudem!"

Os talibãs negam qualquer envolvimento no desaparecimento desses ativistas e até afirmaram ter aberto uma investigação sobre o caso.

No entanto, o porta-voz do governo, Zabihulá Mujahid, havia especificado que as autoridades têm "o direito de deter e prender os opositores e aqueles que violam a lei".

Os fundamentalistas islâmicos afirmam que se modernizaram em relação ao regime anterior (1996-2001), durante o qual pisotearam quase completamente os direitos humanos.

Mas, após seu retorno ao poder em agosto, eles suprimiram todas as formas de oposição. E, sobretudo, dispersaram manifestações a favor dos direitos das mulheres, detiveram algumas vozes críticas ao seu regime, espancaram ou prenderam vários jornalistas.


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