A declaração foi feita um dia depois de a chefe do Executivo de Hong Kong, Carrie Lam, descartar um confinamento total da cidade, como tem sido a prática na China continental.
Desde o início da pandemia, Hong Kong aderiu à política de "covid zero" da China continental. Mas desde o surgimento dos primeiros casos da variante altamente contagiosa ômicron, no final de dezembro, a cidade registrou mais de mil casos por dia com hospitais sobrecarregados.
Nesta quarta-feira foram contabilizados 4.280 casos, um novo recorde.
Os jornais pró-Pequim de Hong Kong - Ta Kung Pao e Wen Wei Po - informaram que Xi pediu às autoridades locais que "implementassem todas as medidas necessárias para proteger" a saúde.
Hong Kong deve "priorizar a estabilização e o controle da situação da covid acima de qualquer outra coisa", acrescentou Xi.
Horas depois que as declarações foram divulgadas, Lam expressou sua "gratidão" ao presidente pela preocupação demonstrada.
"O governo irá, conforme a importante instrução do presidente Xi Jinping, assumir a responsabilidade principal de adotar todas as medidas necessárias para proteger a vida e a saúde dos habitantes de Hong Kong", disse ela em comunicado nesta quarta.
A China continua sendo um dos poucos países do mundo a aplicar a política de "covid zero", que consiste em eliminar qualquer foco epidêmico confinando cidades inteiras por semanas, rastrear casos de contato e realizar testes em massa.
Mas não há certeza de que Hong Kong, uma das cidades mais densamente povoadas do mundo, poderá retornar a zero caso, mesmo com um confinamento total, dado o grande número de infecções pela ômicron com as quais está lidando.
Desde o surgimento da variante no final de dezembro, as autoridades foram colocadas à prova, reforçaram as medidas de distanciamento social, fecharam escolas e depois das 18h os restaurantes só podem servir refeições para viagem.
A administração de Lam pediu no fim de semana ajuda à China, inclusive para aumentar a capacidade de testes e construir rapidamente instalações de quarentena.
Os hospitais estão sobrecarregados e pelo menos duas instalações colocaram pacientes em leitos instalados ao ar livre, muitos deles idosos encolhidos sob várias camadas de cobertores.
Na semana passada, os supermercados estavam lotados de moradores locais estocando alimentos e produtos de primeira necessidade.