O juiz Arthur Engoron indeferiu, assim, um recurso apresentado pelo próprio Trump e dois de seus filhos, Ivanka e Donald Jr., de se negarem a depor na investigação aberta pela procuradora de Nova York, que encontrou em sua investigação "provas significativas que sugerem que Donald J. Trump e a Organização Trump avaliaram falsa e fraudulentamente múltiplos ativos".
Após a audiência, realizada na manhã desta quinta-feira, o juiz concordou em "indeferir" o recurso apresentado por Trump e seus dois filhos, aos quais ordenou "comparecer em um período de 21 dias para depor". O filho mais velho do ex-presidente, Donald Jr., recebeu prazo de "14 dias" para que apresente à procuradora os "documentos e a informação" solicitados.
A procuradora-geral de Nova York, Letitia James, que abriu uma investigação sobre a atividade do grupo familiar de Trump em 2019, comemorou a decisão do juiz, assegurando "que ninguém está acima da lei".
"Hoje a justiça prevaleceu", destacou em um comunicado.
James acusa os Trump de terem "estimado incorretamente o valor destes ativos perante instituições financeiras para obter benefícios econômicos".
Segundo um expediente com cerca de cem páginas, publicado em janeiro, a procuradora suspeita que a empresa familiar do ex-presidente inflou "fraudulentamente" o valor de algumas propriedades para pedir empréstimos aos bancos e reduziu o valor apresentado ao fisco para pagar menos impostos.
No fim de dezembro e no começo de janeiro, a procuradora intimou para depor sob juramento o ex-presidente e seus dois filhos, mas a família Trump não respondeu às intimações e recorreu a todo tipo de subterfúgios para escapar destas convocações e atrasar a investigação.