A nova oferta da família Sackler, proprietária do laboratório, aumenta em pelo menos um bilhão de dólares um acordo de falência de 4,5 bilhões rejeitado por um juiz dos EUA em dezembro porque protegia a família de novos processos relacionados ao analgésico vendido sob prescrição e altamente viciante.
Os Sacklers "pagariam, no total, nada menos que US$ 5,5 bilhões e até US$ 6 bilhões", de acordo com nova proposta apresentada ao Tribunal de Falências do Distrito Sul de Nova York.
Embora a maioria das partes envolvidas tenha aceitado a oferta, é necessária a aprovação de oito estados do país e do Distrito de Colúmbia para que ela avance, de acordo com o relatório apresentado pela juíza Shelley Chapman.
Os fundos adicionais seriam usados "exclusivamente para mitigar a crise dos opioides, incluindo apoio e serviços para sobreviventes, vítimas e suas famílias", diz o relatório.
A crise do vício em opiáceos deixou mais de 500.000 mortes por overdose nas últimas duas décadas nos Estados Unidos.
Enfrentando milhares de processos, o Purdue entrou com pedido de falência em 2019 e se declarou culpada em 2020 de três acusações criminais por seu marketing agressivo do OxyContin.
Um juiz federal manteve o plano de falência original no outono, apoiado por mais de 40 estados. No entanto, oito estados e o Distrito de Colúmbia se recusaram a aceitá-lo e apresentaram um recurso.
Em dezembro, a juíza Colleen McMahon atendeu ao recurso de Colúmbia, argumentando que o juiz federal não tinha autoridade para impedir futuros processos contra os Sacklers, exceto em casos de dolo.