A investigação foi realizada pelo Projeto de Denúncias sobre Crime Organizado e Corrupção (OCCRP), um consórcio de 48 meios de comunicação, incluindo Le Monde, The Guardian, Miami Herald e La Nación.
A investigação começou após um grande vazamento de dados que chegou anonimamente ao jornal alemão Süddeutsche Zeitung há pouco mais de um ano.
As contas identificadas pelos jornalistas como potencialmente problemáticas tinham mais de 8 bilhões de dólares em ativos, segundo o OCCRP.
No total, os dados analisados referem-se a mais de 18.000 contas bancárias no Credit Suisse entre o início dos anos 1940 e o final dos anos 2010 e pertencentes a 37.000 pessoas ou empresas, segundo o jornal Le Monde.
"Com base em um vazamento maciço de informações de milhares de contas bancárias gerenciadas pelo Credit Suisse, mostra que, desafiando os padrões de vigilância impostos a grandes bancos internacionais, o estabelecimento nascido em Zurique abrigou fundos ligados ao crime e à corrupção", escreve o jornal.
Em um comunicado, o Credit Suisse reagiu dizendo que os dados estudados eram "tendenciosos, imprecisos ou tirados do contexto, resultando em uma apresentação tendenciosa da conduta comercial do banco".
"90% das contas afetadas já foram fechadas, mais de 60% das quais foram fechadas antes de 2015", afirmou o banco, acrescentando que estava "conduzindo uma investigação" sobre a violação de dados.
As revelações estão concentradas principalmente em países em desenvolvimento da África, Oriente Médio, Ásia e América do Sul, com clientes domiciliados na Europa ocidental representando apenas 1% do total, segundo o jornal.
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