Em uma coletiva de imprensa conjunta com a primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, que visitava Madri, o presidente de governo espanhol, o socialista Pedro Sánchez, sublinhou que os dois países estão de acordo neste ponto.
A Dinamarca e a Espanha acreditam que "identificar o gás e a energia nuclear como energias sustentáveis envia um sinal errado aos investidores e à sociedade como um todo", disse Sánchez.
Entre os países da UE, Áustria e Luxemburgo também manifestaram sua oposição ao projeto da Comissão Europeia - chamado de "taxonomia verde" e divulgado no final de dezembro - de classificar como "sustentáveis" os investimentos em usinas nucleares e de gás.
A Alemanha também se opõe a identificar a energia nuclear como verde, mas aceita o gás porque, embora "não seja sustentável a longo prazo", pode ser necessário garantir a transição.
O objetivo deste projeto é facilitar os investimentos em atividades que contribuam para a redução dos gases de efeito estufa.
Sánchez e Fredericksen consideram que as decisões sobre a taxonomia devem ter "uma base estritamente científica", segundo um comunicado da presidência do governo espanhol.
Depois de analisar os comentários dos 27 Estados-membros, a Comissão Europeia publicará o seu texto final sobre o tema em um prazo não especificado. A medida será considerada definitivamente aprovada quatro meses depois, a menos que seja rejeitada por maioria simples no Parlamento Europeu ou por um maioria qualificada de 20 estados.
A maioria contrária à inclusão da energia nuclear, que conta com o apoio de uma dezena de Estados, com a França na liderança, dificilmente será alcançada.
MADRI