Em decisão histórica nesta segunda-feira (21/2), a Colômbia se tornou o sexto país na América Latina a flexibilizar as leis de acesso à interrupção da gestação. Com maioria simples de 5 a 4, o Supremo Tribunal do país decidiu pela discriminalização do aborto até a 24ª semana de gravidez.
O país, de maioria católica, se soma a países como México, Argentina e Uruguai com a decisão que legaliza o aborto em qualquer circunstância. O debate durou cerca de 8 horas, enquanto centenas de manifestantes - prós e contras - aguardavam ao lado de fora do tribunal, em Bogotá.
O Código Penal colombiano, até então, considerava o aborto legal em três casos: estupro ou incesto; malformação fetal que inviabilizasse sua vida; ou caso a continuação da gestação constituisse um perigo à vida ou à saúde da mulher, atestado por um médico especialista.
"Depois do direito ao voto, esta é a conquista histórica mais importante para a vida, autonomia e realização plena e igualitária das mulheres", escreveu no Twitter a prefeita da capital, Claudia López.
Redes Sociais e repercussão no Brasil
Nas redes sociais, o tema, considerado um tabu em boa parte do mundo, ganhou a audiência e se tornou um dos mais comentados da internet. Ao longo da manhã, internautas brasileiros se dividiram em dois grupos: de um lado, movimentos feministas e progressistas comemoram a decisão do país vizinho; de outro, movimentos conservadores consideram o ato como “assassinato”.