"Nosso compromisso é ficar e continuar nosso trabalho na Ucrânia, particularmente no leste" do país, disse a porta-voz da ONU, Alessandra Vellucci, à imprensa, em Genebra.
"Continuamos totalmente operacionais", acrescentou.
Ela reconheceu, porém, que, "em consequência da evolução da situação no terreno, consideramos uma realocação temporária de parte do pessoal não essencial e de seus familiares".
Esta declaração foi dada em meio à preocupação com o reconhecimento por parte da Rússia, na segunda-feira (21), das repúblicas separatistas Donetsk e Lugansk na Ucrânia e com sua decisão de enviar uma "força de paz".
Esse reconhecimento quebra o frágil processo de paz - os chamados Acordos de Minsk - que regia o conflito no leste da Ucrânia, o que aumenta os temores de que o Kremlin esteja preparando uma invasão em grande escala.
A ONU conta com uma equipe de 1.510 pessoas na Ucrânia, incluindo 149 funcionários estrangeiros, disse Vellucci.
Cerca de 100 membros desta equipe se encontram instalados nas regiões de Donetsk e Lugansk, no leste do país.
A ONU advertiu que uma escalada do conflito poderá provocar o deslocamento de milhões de pessoas e sua consequente crise humanitária.
Nesta terça-feira (22), o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) afirmou que ainda não foi observado um aumento de movimentos de civis, salvo na região leste do país.
GENEBRA