Jornal Estado de Minas

APÓS INVASÃO RUSSA

Embaixada do Brasil pede a brasileiros que fujam da Ucrânia se puderem



A embaixada do Brasil em Kiev, capital da Ucrânia, divulgou uma nota na manhã de quinta-feira (24/2) com novas instruções para os cidadãos brasileiros que vivem no país do Leste Europeu, após a invasão da Rússia e o registro de ataques militares em várias localidades.





No texto, os representantes brasileiros dizem que, "após uma série de ataques a alvos militares e estratégicos por todo o país, a situação na maior parte das regiões ucranianas é no momento relativamente estável".

A embaixada ainda recomenda que "brasileiros que possam deslocar-se por meios próprios para outros países ao oeste da Ucrânia o façam tão logo possível, após informarem-se sobre a situação de segurança local".

Anteriormente, a embaixada apenas orientava que fossem evitadas as províncias ucranianas de Donetsk e Luhansk, que tiveram sua independência reconhecida pela Rússia em 21 de fevereiro.

Para aqueles que estão na cidade de Kiev, a recomendação mais atualizada é seguir as diretrizes das autoridades ucranianas. O recado principal é não sair de casa, em razão dos grandes engarrafamentos nas estradas registrados nas últimas horas.





"Os brasileiros que buscam deixar a cidade nesse momento devem contar com grandes dificuldades. Solicita-se aguardar novas instruções da embaixada", informa o texto.


Nas últimas horas, foram registrados engarrafamentos e filas em postos de gasolina na capital Kiev (foto: AFP)

Já para aqueles indivíduos que estão na porção leste da Ucrânia e não podem viajar por meios próprios ou com segurança, a orientação é ir até Kiev e contatar a embaixada brasileira assim que possível no telefone +380 50 384 5484.

"Solicita-se que o número seja utilizado apenas em caso de necessidade extrema. Orientações à comunidade continuarão a ser transmitidas por Telegram e Facebook", pede a representação brasileira.

Por fim, a embaixada diz que os brasileiros que não puderem deixar o país de modo seguro devem "procurar um local seguro para o momento, longe de bases militares, instalações responsáveis pelo fornecimento de energia e internet".





A BBC News Brasil tentou contato direto com a embaixada do Brasil em Kiev, mas não recebemos respostas até a publicação desta reportagem.

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