A líder opositora exilada Svetlana Tikhanovskaya acusou o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, de "alta traição", nesta quinta-feira (24), por "ajudar" seu homólogo russo, Vladimir Putin, em sua ofensiva contra a Ucrânia.
"As forças militares russas, com a ajuda do regime de Lukashenko, lançaram ataques a cidades ucranianas", "também de território bielorrusso", disse ela, durante entrevista coletiva.
"Isso torna Belarus um estado agressor" e "uma das partes do conflito armado", acrescentou Svetlana Tikhanovskaya, falando da embaixada da Lituânia, em Paris.
"Isto é alta traição e um ato de traição contra os interesses do nosso povo e da República de Belarus", insistiu a líder da oposição, para quem Lukashenko "perdeu o direito de falar em nome do povo bielorrusso".
"A partir de agora, assumo a responsabilidade de representar o povo e Belarus", declarou Tikhanovskaya, considerada pelo Ocidente como a verdadeira vencedora da eleição presidencial de 2020 contra Lukashenko.
A Ucrânia anunciou que forças terrestres russas entraram em seu território, procedentes de Rússia e de Belarus, na manhã de hoje.
Segundo guardas de fronteira ucranianos, unidades militares russas entraram na região de Kiev, partindo de Belarus, para lançar um ataque com mísseis "Grad" contra alvos militares.