A Rússia eliminou totalmente nesta quinta-feira (24) as defesas da Ucrânia e agora tem "total superioridade aérea", já que o governo de Kiev não possui mais recursos contra este tipo de ofensiva, disse um alto funcionário ocidental de Inteligência. O presidente russo Vladimir Putin autorizou na madruga desta quinta-feira (24/2) a invasão da Ucrânia.
"A Força Aérea [ucraniana] não funciona mais", afirmou o especialista, acrescentando que a Rússia tentará acumular uma "força esmagadora" sobre a capital ucraniana nas "próximas horas", considerando o ritmo em que as tropas se movem.
"Penso que muito vai depender da resistência que os ucranianos possam ter, mas acho que os russos vão tentar, nas próximas horas, aplicar uma força esmagadora sobre a capital", Kiev, afirmou o funcionário, que pediu para ter sua identidade preservada.
A Rússia lançou na madrugada desta quinta-feira uma ofensiva militar contra a Ucrânia três dias depois de reconhecer como repúblicas independentes dois territórios separatistas pró-russos no leste ucraniano.
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Os líderes dos 27 países da UE realizam nesta quinta-feira, em Bruxelas, uma cúpula de emergência para discutir a situação e definir um duro pacote de sanções que, segundo o chefe da diplomacia europeia, poderão submeter a Rússia a "um isolamento sem precedentes".
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Ao chegar nesta quinta-feira à sede da cúpula, o primeiro-ministro da Eslovênia, Janez Jansa, disse que o presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, lhe assegurou que a intenção russa era "decapitar o governo de Kiev e substituí-lo por um governo fantoche".