"Devido aos contínuos combates e à deterioração da situação na Ucrânia (...) decidi evacuar temporariamente todos os membros da missão internacional da Ucrânia o quanto antes", disse em um comunicado a Secretária Geral da OSCE, Helga Schmid, em alusão à delegação de observação que está no país desde 2014.
Schmid cumprimentou os observadores por seu trabalho, pois foram "nossos olhos e nossos ouvidos, imparciais, em todo o país" desde o início do conflito, em 2014.
"Esta decisão não foi tomada subitamente e a relocalização deve ser temporária", acrescentou a diplomata alemã.
Centenas de observadores procedentes de uma dezena de países estão bloqueados atualmente na Ucrânia, surpreendidos pela magnitude da operação militar russa.
Moscou deu luz verde à sua mobilização a partir de 2014 no âmbito das conclusões dos acordos de paz de Minsk, sob o guarda-chuva da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE) e do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Presente em diferentes regiões do país, esta missão (que publica relatórios diários) era a única testemunha neutra na Ucrânia.
Vários países, como Estados Unidos e Grã-Bretanha, já tinham retirado seu pessoal por questões de segurança.
Organização com sede em Viena (a Áustria é um país neutro) a OSCE nasceu em plena Guerra Fria para favorecer o diálogo Oriente-Ocidente.
Conta com 57 membros, entre os quais estão tanto os países da Otan quanto os da órbita russa.
VIENA