"Presenciamos as fases iniciais de uma invasão em larga escala", disse o funcionário sob a condição do anonimato.
Até o momento, a Rússia avançou no território ucraniano em três eixos: ao sul, a partir da Crimeia, até a cidade de Jerson, através do rio Dnieper, ao norte a partir de Belarus até Kiev, ao longo de duas estradas a nordeste e noroeste da capital ucraniana, e ao leste da cidade russa de Belgorod até a grande cidade industrial de Kharkov, segundo estimativas do Pentágono.
"Em Kharkov é onde vemos os combates mais intensos", acrescentou.
"Basicamente, têm a intenção de decapitar o governo e instalar sua própria forma de governo, o que explicaria este avanço inicial para Kiev", avaliou.
Em seu ataque, o exército russo lançou cerca de 100 mísseis balísticos, principalmente contra instalações de infraestrutura militar, e usou 75 bombardeiros pesados e medianos, disse o funcionário.
Os ataques se concentraram em alvos militares, inclusive bases aéreas e o comando do exército ucraniano, mas segundo o Pentágono, o objetivo é tomar o controle de cidades-chave, sobretudo da capital, Kiev.
"Não vimos um movimento convencional como este, de um Estado-nação para outro, desde a Segunda Guerra Mundial, certamente nada deste tamanho, alcance e escala", acrescentou.
No entanto, até agora, os russos não entraram no oeste da Ucrânia e não há indícios de um ataque anfíbio no sul vindo do Mar Negro, explicou a fonte.
Não há estimativas de danos ou baixas no exército ucraniano. "Há indícios de que estão resistindo e contra-atacando", afirmou o funcionário.
As comunicações do país parecem funcionar, destacou. Ele acredita que em uma segunda fase ocorrerá um ciberataque para paralisá-las.
O Pentágono não confirmou a destruição de vários aviões militares russos.