Jornal Estado de Minas

Guerra na Europa

'Me ajudem', pede a mãe de mineiro


Os ataques russos ao território ucraniano vêm gerando angústia entre os 36 jogadores brasileiros que vivem no país, mas também em suas famílias no Brasil. Sueli Carvalho, mãe do atacante Guilherme Smith, do Zorya, da Ucrânia, é uma das familiares que vêm fazendo apelos nas redes sociais para que as autoridades ajudem seu filho, de Juiz de Fora, a voltar para o Brasil.

“Estou muito preocupada, porque as notícias que estão chegando aqui não são boas. Peço a todas autoridades que venham ajudar, não só o meu filho, mas todos os brasileiros que estão lá, precisando de um apoio. Que alguém venha fazer algo para ajudá-los. Estou muito preocupada, gente. Me ajudem!”, disse em vídeo publicado no Instagram.





Em entrevista ao Superesportes e ao Estado de Minas, Sueli Carvalho contou a aflição por saber das dificuldades que seu filho Guilherme Smith está encontrando para deixar a cidade de Zaporizhia, na Ucrânia. A mãe ainda afirmou não estar conseguindo entrar em contato com o jogador frequentemente devido às falhas de sinal telefônico.

“Eu consigo falar muito pouco com ele. Acaba sempre caindo o sinal. Não sei o que acontece. E quando cai o sinal, eu fico preocupada, né?! Mas a última vez que eu falei com ele, ele disse que não tem mais avião para ele sair da Ucrânia, nem trem”, contou.

“Tento passar uma tranquilidade, mas ele está muito preocupado. Eu falo para ele: ‘Calma, vai dar tudo certo’. Mas sabe como é… em meio à guerra. Ele falou que já explodiram um aeroporto. Ele está preocupado. Dezoito anos, primeira vez que sai de casa para um lugar longe. Ainda acontece isso…”, descreveu.

DE VOLTA 


Sueli Carvalho estava morando na Ucrânia com seu filho, mas retornou ao Brasil no início de 2022. Aflita, ela afirma ter dificuldade até mesmo para dormir sabendo a situação que Guilherme está passando. “Estou muito preocupada. Tem uma semana que eu não consigo nem dormir. Quando é 5h aqui no Brasil, ele me liga e fala: ‘Mãe, está muito preocupante aqui’. Aí, eu fico desorientada. Resta orar, pedir a Deus misericórdia”, contou.

*Estagiário sob supervisão do subeditor Eduardo Murta