O anúncio foi feito minutos depois da decisão do governo russo de proibir o uso de seu espaço aéreo para todos os aviões ligados ao Reino Unido.
"Hoje tomamos a decisão de cancelar a conexão aérea que temos com destino a Moscou" e de "redirecionar voos para Singapura e Nova Délhi, para não sobrevoar a Rússia", declarou o CEO do IAG, Luis Gallego, durante uma conferência de investidores, após a divulgação dos resultados do grupo.
"Estamos monitorando o impacto desta crise no IAG. Mas a capacidade de voo que temos para o leste é muito limitada" e "estamos em condições de redirecionar todos os voos que temos atualmente", acrescentou.
Gallego não deu detalhes sobre os voos em questão nas diferentes companhias do grupo.
A decisão da empresa segue as sanções impostas pelo governo britânico à companhia aérea russa Aeroflot em reação à invasão da Ucrânia lançada por Vladimir Putin, e a resposta da Rússia, que proibiu todas as aeronaves ligadas ao Reino Unido de utilizarem seu espaço aéreo.
O espaço aéreo russo está proibido para todas as aeronaves "de propriedade, alugadas ou operadas por uma pessoa associada ao Reino Unido" e aquelas registradas no Reino Unido, disse a agência reguladora de aviação da Rússia, Rosaviatsia, em comunicado.
A medida também inclui os voos que transitam pelo território russo, espaço-chave que une a Europa e a Ásia, segundo a mesma fonte.
O grupo aéreo IAG anunciou que reduziu pela metade sua perda líquida em 2021, graças à retomada progressiva do tráfego aéreo durante o ano, e espera que seus resultados melhorem em 2022.
Luis Gallego assegurou que os aviões que terão de mudar de rota não vão impedir o grupo de "manter o programa de voos" que tinha.
LONDRES