O papa Francisco foi à embaixada russa na Santa Sé, nesta sexta-feira (25/2), para transmitir ao embaixador da Rússia sua preocupação com a invasão da Ucrânia. O gesto é considerado uma ruptura sem precedentes do protocolo diplomático.
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Segundo o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, o papa passou cerca de 30 minutos na embaixada, que fica perto do Vaticano.
"Ele foi expressar sua preocupação com a guerra", disse o porta-voz à Agência Reuters. Bruni não quis comentar sobre uma reportagem informando que o papa, de 85 anos, ofereceu a mediação do Vaticano para o conflito.
É a primeira vez que um papa vai a uma embaixada falar com um embaixador em um momento de conflito. Os enviados estrangeiros é que, geralmente, são convocados pelo Secretário de Estado do Vaticano ou se encontram com o papa no Palácio Apostólico.
Em fevereiro, antes da invasão, o embaixador da Ucrânia no Vaticano, Andriy Yurash, disse que Kiev estaria aberta a uma mediação do conflito pelo Vaticano.
Em um comunicado divulgado nessa quinta-feira (24/2), o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, disse que a Santa Sé espera que aqueles que têm o destino do mundo em suas mãos tenham um "vislumbre de consciência".