Este novo "caminho não beneficia apenas a Suíça, mas também a UE", disse o presidente suíço, Ignazio Cassis, em entrevista coletiva.
"Estamos em um novo capítulo da história suíça", disse ele, ressaltando que "é um novo começo".
As relações entre Bruxelas e Berna estão tensas desde que a Suíça, que não é membro da UE, decidiu, subitamente, em maio de 2021, encerrar anos de negociações sobre um acordo-marco - também conhecido como acordo institucional - com o bloco.
Desde então, a UE instou a Suíça a demonstrar "vontade", se ainda quisesse chegar a um acordo. Destacando o "pragmatismo suíço", Cassis anunciou nesta sexta-feira que a Suíça já tomou sua decisão.
Em um comunicado, o governo indicou que pretende "seguir o caminho bilateral com a UE (...) no interesse de ambas as partes", não de forma generalizada, mas sim "setorial".
As negociações incluirão questões como eletricidade, segurança alimentar, pesquisa, saúde e educação, disse o governo suíço.
Resta saber como vai reagir Bruxelas, que tinha um interesse especial em concluir o acordo institucional geral.
O projeto de acordo geral com Bruxelas buscava padronizar o quadro jurídico para a participação da Suíça no mercado único da UE, seu principal parceiro econômico, e estabelecer um mecanismo de resolução de conflitos.
País sem litoral, a Suíça é cercada por Estados-membros da UE, seu principal parceiro econômico.
É o quarto parceiro comercial da UE e, entre seus 8,6 milhões de habitantes, há 1,4 milhão da UE.
GENEBRA