A Ucrânia informou nesta sexta-feira (25) que registrou dados preocupantes de radiação na usina nuclear de Chernobyl, que caiu nas mãos do exército russo no dia anterior, enquanto Moscou afirmou que tudo estava sob controle na área.
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'Estamos todos aqui' em Kiev, afirma presidente ucraniano em vídeoPresidente ucraniano diz ter falado com Biden sobre sanções ...Eurovisão proíbe participação da Rússia devido à invasão da UcrâniaEUA consideram que oferta de negociação da Rússia à Ucrânia 'não é real'Putin pede a exército ucraniano para derrubar presidente e 'tomar o poder'"Mas não podemos verificar, porque todos os funcionários foram evacuados", disse ele, contactado por telefone.
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O Parlamento ucraniano, a Rada, também indicou em sua conta no Telegram que o sistema de controle automatizado havia registrado um aumento de "raios gama", um sinal de radioatividade, sem especificar o nível, na região.
"Por causa da ocupação e das hostilidades, atualmente é impossível estabelecer as razões" para essas leituras, informou a Rada.
Por sua vez, um porta-voz do exército russo assegurou que não há necessidade de se preocupar com a segurança do reator que explodiu em 1986, irradiando uma parte da Europa, nem seu sarcófago, garantindo, ao contrário do lado ucraniano, que os funcionários ainda estavam no local.
"Foi alcançado um acordo com um batalhão da Força de Segurança de Energia Atômica da Ucrânia em vista da segurança conjunta dos blocos de energia e do sarcófago da usina nuclear de Chernobyl", afirmou Igor Konashenkov, porta-voz do ministério da Defesa russo.
"A radiação na área da central nuclear está em conformidade com a norma", assegurou, afirmando que "o pessoal da central (...) monitora a situação com radioatividade".
A cooperação entre soldados russos e ucranianos para garantir a segurança da usina "é uma garantia de que as formações nacionalistas ou outras organizações terroristas não poderão usar a situação do país para organizar uma provocação nuclear", acrescentou o porta-voz.
O pior acidente nuclear da história ocorreu em 26 de abril de 1986 na Ucrânia, então uma das quinze repúblicas soviéticas, quando um reator dessa usina, localizada a cerca de cem quilômetros da capital Kiev, explodiu, contaminando até três quartos da Europa, especialmente Ucrânia, Rússia e Belarus.
Quase 350 mil pessoas tiveram que ser evacuadas de um perímetro de 30 quilômetros ao redor da usina. O número de vítimas é motivo de controvérsia.