As entregas aconteceram no sábado e outras serão feitas hoje. Elas são "significativas e permitirão que os ucranianos se defendam", disse uma das fontes.
Uma reunião de ministros das Relações Exteriores da UE foi convocada para as 18h (14h00 de Brasília) para coordenar as iniciativas dos europeus, anunciou o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell. Será realizada por videoconferência.
Os ministros também discutirão o anúncio feito no sábado a respeito de novas sanções econômicas por vários países e pela Comissão Europeia, acrescentou Josep Borrell.
"Isso inclui a exclusão de vários bancos russos do SWIFT, medidas para impedir o Banco Central da Rússia de usar suas reservas em moedas internacionais e agir contra pessoas e entidades que facilitam a guerra na Ucrânia", disse ele.
"A discussão dos ministros das Relações Exteriores da UE abrirá caminho para a rápida adoção de todos os atos jurídicos necessários" para que as sanções entrem em vigor, explicou.
Os Estados-membros decidiram agir rapidamente. Eles aguardam uma proposta da Comissão sobre as medidas financeiras e estão considerando um procedimento de emergência para adotá-las, disse uma das autoridades europeias.
Tanto para as entregas de armamentos como para as decisões de fechamento dos espaços aéreos, os países estão atuando, neste momento, em nível nacional.
Os armamentos estão sendo retirados das reservas nacionais, mas as entregas são coordenadas. Até agora, 17 países europeus responderam aos apelos do ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleb.
A Alemanha autorizou no sábado a entrega a Kiev de 1.400 lançadores de foguetes antitanque, 500 mísseis terra-ar Stinger e nove morteiros. A Holanda, por sua vez, anunciou o fornecimento de 200 Stingers, a Bélgica 2.000 metralhadoras, Portugal fuzis, munições e equipamentos, a República Tcheca metralhadoras, rifles de precisão, munições.
Todas as ofertas dos Estados são comunicadas à Otan, que as lista.
Os ministros europeus vão analisar a possibilidade de utilizar o "Fundo Europeu para a Paz", um instrumento financeiro fora do orçamento comum da UE e dotado de cinco bilhões de euros, para "reembolsar os Estados-membros que recorreram aos seus estoques de armas", explicou um dos líderes europeus.
A unanimidade é necessária para esta decisão e os Estados que se comprometeram estão apostando em uma "abstenção construtiva" neste domingo daqueles parceiros que não podem autorizar a entrega de armas.
"Está surgindo uma dinâmica a favor da Europa da defesa", disse. "A cobertura europeia dará legitimidade a esses fornecimentos de armas para Estados-membros neutros", explicou.
BRUXELAS