Belarus, também conhecida como Bielorrúsia, declarou que vai abandonar o status de nação não nuclear. Segundo o país, um referendo para alterar a Constituição foi aprovado neste domingo (27/2).
A decisão acontece em meio à invasão na Ucrânia e abre caminho para uma cooperação militar mais forte com a Rússia, que enviou forças para o território bielorrusso sob o pretexto de exercícios militares e as utilizou na ofensiva iniciada na última quinta-feira.
Moradores de Belarus também registraram mísseis russos que estariam sendo lançados do país para atingir alvos na Ucrânia.
#Ukraine %uD83C%uDDFA%uD83C%uDDE6: warplanes roaring in the skies over #Gomel (#Belarus), on their way to attack Ukrainian territory. pic.twitter.com/3usSmIV2Uq
%u2014 Thomas van Linge (@ThomasVLinge) February 28, 2022
Mais cedo, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou armas nucleares em posição de alerta em resposta ao apoio da Otan à Ucrânia. "Ordeno ao ministro da Defesa para que as forças do país estejam de prontidão", disse.
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Constituição
Será a primeira vez que Belarus, do presidente Alexander Lukashenko, receberá armas nucleares desde a queda da União Soviética.
O líder declarou que poderá pedir armas nucleares à Rússia. “Se o Ocidente transferir armas nucleares para a Polônia e Lituânia, nas nossas fronteiras, então eu vou recorrer a Putin para devolver as armas nucleares que eu dei sem quaisquer condições”, disse Lukashenko.
As emendas também consolidarão o poder do presidente, que comanda o país há 27 anos, permitindo que ele permaneça no poder até 2035 e com imunidade vitalícia de processos judiciais.