Na estação lotada de Lviv, Olga Kovalchuk parece perdida em meio a milhares de outros ucranianos que chegaram a esta cidade do oeste do país para ficar, ou para seguir rumo à União Europeia (UE) para fugir da invasão russa.
Ela não tem passagem, nem planos para o futuro. Quer apenas pegar o próximo trem para a Polônia, onde sua sobrinha está esperando por ela.
Leia também: Invasão da Rússia à Ucrânia chega ao 6º dia sem avanço em negociação
"Estamos indo embora, porque estamos sob fogo e temos que nos esconder em abrigos. Não quero traumatizar minha filha, porque ela tem medo", diz esta bibliotecária de Yitomir (centro), junto com a filha, de 10 anos.
Segundo o governo ucraniano, 350 civis morreram desde o início da invasão russa, incluindo 16 crianças.
Fugindo dos combates, centenas de milhares de ucranianos fugiram em busca de refúgio, sobretudo, no oeste do país, a zona mais afastada da Rússia e na fronteira com a União Europeia.
Mais de meio milhão de pessoas fugiram para o exterior, principalmente para a Polônia, que recebeu quase 300.000, segundo a ONU.
A cidade de Lviv e sua região, para onde muitos países ocidentais transferiram suas embaixadas, tornou-se uma etapa-chave neste trajeto. Com isso, encontrar um abrigo se tornou um desafio a mais para estes deslocados, enquanto produtos de primeira necessidade começam a sumir das prateleiras dos supermercados.
Alguns fazem escala na cidade antes de seguir para o oeste, apesar dos engarrafamentos de 25 a 30 quilômetros antes da fronteira. Outros se instalam por ali mesmo, sem saber quanto tempo vão ficar.
As autoridades organizaram comboios gratuitos para a retirada da população internamente e para vários países da UE. Com trens lotados, a estação de Lviv é o epicentro da multidão e do caos.
Atordoados e perdidos, os passageiros escrutinam os horários, carregando malas e carrinhos de bebê. Patrulhas policiais e militares circulam sem parar, e voluntários de coletes amarelos distribuem biscoitos e chá.
Maryna, uma assistente social de 32 anos que chegou a Lvivi procedente de Dnipro (centro-leste), espera embarcar para a Polônia. Acompanhada de seus dois filhos, ela que não conseguirá mais, um dia, voltar para casa.
"Ficamos aqui o dia todo. Não temos planos. Tem muita gente e não entendemos nada", desabafa a jovem, cujo marido ficou para lutar contra os russos.
Diante do enorme fluxo de deslocadas, os moradores locais multiplicaram suas iniciativas para ajudar seus compatriotas. Proprietário de um rancho na aldeia de Lopushna, perto de Lviv, Ostap Lun abriu as portas de seu pequeno hotel, que agora tem todos os quartos preenchidos.
"Claro que não estamos cobrando por este alojamento", diz este homem robusto, de 47 anos. "Vamos fazer tudo o que pudermos para criar condições confortáveis e, sobretudo, seguras para as pessoas que estão sem lar", acrescentou.
Ela não tem passagem, nem planos para o futuro. Quer apenas pegar o próximo trem para a Polônia, onde sua sobrinha está esperando por ela.
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"Estamos indo embora, porque estamos sob fogo e temos que nos esconder em abrigos. Não quero traumatizar minha filha, porque ela tem medo", diz esta bibliotecária de Yitomir (centro), junto com a filha, de 10 anos.
Segundo o governo ucraniano, 350 civis morreram desde o início da invasão russa, incluindo 16 crianças.
Fugindo dos combates, centenas de milhares de ucranianos fugiram em busca de refúgio, sobretudo, no oeste do país, a zona mais afastada da Rússia e na fronteira com a União Europeia.
Mais de meio milhão de pessoas fugiram para o exterior, principalmente para a Polônia, que recebeu quase 300.000, segundo a ONU.
A cidade de Lviv e sua região, para onde muitos países ocidentais transferiram suas embaixadas, tornou-se uma etapa-chave neste trajeto. Com isso, encontrar um abrigo se tornou um desafio a mais para estes deslocados, enquanto produtos de primeira necessidade começam a sumir das prateleiras dos supermercados.
Alguns fazem escala na cidade antes de seguir para o oeste, apesar dos engarrafamentos de 25 a 30 quilômetros antes da fronteira. Outros se instalam por ali mesmo, sem saber quanto tempo vão ficar.
As autoridades organizaram comboios gratuitos para a retirada da população internamente e para vários países da UE. Com trens lotados, a estação de Lviv é o epicentro da multidão e do caos.
Atordoados e perdidos, os passageiros escrutinam os horários, carregando malas e carrinhos de bebê. Patrulhas policiais e militares circulam sem parar, e voluntários de coletes amarelos distribuem biscoitos e chá.
Maryna, uma assistente social de 32 anos que chegou a Lvivi procedente de Dnipro (centro-leste), espera embarcar para a Polônia. Acompanhada de seus dois filhos, ela que não conseguirá mais, um dia, voltar para casa.
"Ficamos aqui o dia todo. Não temos planos. Tem muita gente e não entendemos nada", desabafa a jovem, cujo marido ficou para lutar contra os russos.
Diante do enorme fluxo de deslocadas, os moradores locais multiplicaram suas iniciativas para ajudar seus compatriotas. Proprietário de um rancho na aldeia de Lopushna, perto de Lviv, Ostap Lun abriu as portas de seu pequeno hotel, que agora tem todos os quartos preenchidos.
"Claro que não estamos cobrando por este alojamento", diz este homem robusto, de 47 anos. "Vamos fazer tudo o que pudermos para criar condições confortáveis e, sobretudo, seguras para as pessoas que estão sem lar", acrescentou.