Jornal Estado de Minas

NAÇÕES UNIDAS

Afeganistão e Mianmar copatrocinam resolução da ONU que denuncia invasão russa da Ucrânia

Afeganistão e Mianmar, governados por talibãs e militares e representados por diplomatas escolhidos pelos regimes anteriores derrubados, são copatrocinadores de uma resolução que está sendo preparada pela Assembleia Geral da ONU para denunciar a invasão russa da Ucrânia, segundo diplomatas.



Os dois países se inscreveram para copatrocinar esta resolução proposta pelos europeus em coordenação com a Ucrânia, o que sugere que votarão a favor do texto e evidencia o isolamento da Rússia no cenário internacional, disseram diplomatas à AFP.

A Venezuela, aliada de Moscou, por outro lado, não poderá votar na Assembleia Geral porque seu direito ao voto foi suspenso devido a sua dívida com os membros, que ultrapassa 40 milhões de dólares.

Ao contrário do Conselho de Segurança, onde cinco de seus 15 membros (China, Rússia, Estados Unidos, Reino Unido e França) têm direito a veto, na Assembleia Geral essa prerrogativa não existe, nem as resoluções são vinculantes, ou seja, de cumprimento obrigatório.

O projeto de resolução "condena a decisão da Rússia de aumentar o estado de alerta de suas forças nucleares", uma menção que não aparece na resolução do Conselho de Segurança, cuja aprovação falhou devido ao veto da Rússia.

O texto afirma "seu apego à soberania, independência, unidade e integridade territorial da Ucrânia", incluindo suas "águas territoriais", "lamenta" a agressão da Rússia em violação da Carta da ONU e pede sua "retirada imediata" e "incondicional" do território ucraniano.

Para ser aprovada, a resolução precisa obter dois terços dos votos dos 193 membros da Assembleia.