A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) declarou que irá realizar uma reunião extraordinária de chanceleres em Bruxelas, na sexta-feira (4), para discutir a situação na Ucrânia.
A aliança militar já decidiu fortalecer seu flanco oriental, embora tenha antecipado que não tem planos de se envolver militarmente no conflito provocado pela invasão russa da Ucrânia.
Nesta terça-feira, durante uma visita à Polônia, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse que o ataque da Rússia à Ucrânia é "completamente inaceitável" e também culpou Belarus por permitir que tropas russas usassem seu território para lançar a invasão.
De acordo com Stoltenberg, o presidente russo Vladimir Putin "destruiu a paz na Europa e os aliados condenam a brutal e injustificada invasão da Ucrânia".
Na sexta-feira, Stoltenberg havia anunciado que a aliança havia ativado suas unidades de resposta, com soldados e equipamentos, para reforçar as defesas no flanco leste.
Até o momento, a Otan descartou pressões para impor uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia, alegando que tal medida poderia arrastar a aliança para um conflito militar aberto com a Rússia.
"Teríamos que aceitar que isso envolveria derrubar aeronaves russas. É um passo muito, muito grande que simplesmente não está na agenda de nenhum país da Otan", afirmou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, nesta terça-feira durante uma visita à Estônia.