A rainha Elizabeth II da Inglaterra fez uma “generosa doação” a uma coalizão de associações humanitárias, atendendo a pedidos de ajuda para os refugiados que estão fugindo da Ucrânia, disse ontem o Comitê de Emergência para Desastres (DEC, na sigla em inglês). Este comitê, que inclui 15 ONGs, entre elas a Cruz Vermelha britânica, Oxfam e Save the Children, agradeceu à rainha por “ter realizado uma generosa doação” após seu “apelo humanitário pela Ucrânia”. Na mensagem, publicada no Twitter, não foi especificado o valor.
As organizações reunidas no DEC estão atuando na Ucrânia e em países vizinhos para ajudar refugiados e deslocados. O conflito, o pior a eclodir na Europa em décadas, levou mais de um milhão de pessoas a abandonarem suas casas, segundo a ONU. Embora a família real observe uma estrita neutralidade política, vários de seus membros recentemente deixaram de lado sua discrição habitual para expressar solidariedade com a Ucrânia depois que a Rússia lançou sua invasão ao país. O príncipe Charles, herdeiro da coroa britânica, disse na terça-feira que esta operação militar constitui um ataque "contra a liberdade" e declarou "solidariedade com todos aqueles que resistem a agressões brutais".
Os ministros europeus do Interior, reunidos ontem em Bruxelas, chegaram a um acordo político para de conceder proteção temporária aos refugiados “fugindo da guerra” na Ucrânia, anunciou no Twitter a comissária europeia para assuntos internos, Ylva Johansson. O ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, fez o mesmo anúncio na mesma rede, e neste momento as fontes não especificaram se a proteção também se aplicará a pessoas que escapam da guerra na Ucrânia, mas que não têm nacionalidade ucraniana, uma questão que ainda divide os estados do bloco.