O Ministério do Comércio e Indústria da Rússia recomendou nesta sexta-feira (4/3) a suspensão temporária de todas as exportações de fertilizantes para o mundo, o que acerta em cheio o Brasil. Quase 25% desses produtos consumidos no país vêm de lá.
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UE aplicará novas sanções se Rússia não parar a guerra na UcrâniaGoogle suspende vendas de anúncios on-line na RússiaGuerra na Ucrânia: banco do Brics suspende empréstimos para a Rússia"O ministério teve que recomendar aos produtores russos que suspendam temporariamente os embarques de exportação de fertilizantes russos até que as transportadoras retomem o trabalho rítmico e forneçam garantias de que as exportações de fertilizantes russos serão totalmente concluídas", diz a nota da pasta russa.
Nesta semana, os transportes marítimos responsáveis por enviar as remessas decidiram paralisar os contêiners devido aos ataques da Rússia na Ucrânia.
No comunicado, o Kremlin afirma que as falhas terão "impacto direto na segurança nacional em vários países" e que poderão "causar séria escassez de alimentos para centenas de milhões de pessoas já no médio prazo".
As empresas russas Phosagro, Uralchem, Uralkali, Acron e Eurochem são os maiores exportadores e responsáveis pelo fornecimento na Ásia e para o Brasil.
Sem fertilizante até o fim da guerra
A ministra da agricultura, Tereza Cristina, afirmou, durante a live do presidente ontem que, enquanto houver guerra, não será possível restabelecer a importação de fertilizantes.
"O problema não é a Rússia restabelecer. O que nós temos é uma suspensão desse comércio porque não temos como pagar e nem temos navios seguros para poder carregar esses fertilizantes. O problema é da guerra. Enquanto estiver acontecendo a guerra é totalmente descartada a possibilidade de receber daqueles dois países: Rússia e Belarus", disse.