Pelo menos 4.640 pessoas foram detidas neste domingo em 65 cidades, elevando o número total de presos para mais de 13.000 na Rússia desde 24 de fevereiro, quando começaram as operações militares, ainda segundo a mesma fonte.
Apesar das intimidações das autoridades e da ameaça de penas de prisão, protestos - limitados - foram organizados todos os dias da última semana em diversas cidades do país.
O líder opositor Alexei Navalny - que está preso - convocou os russos a sair às ruas todos os dias para pedir a paz, apesar da pressão do governo.
Em Moscou, cerca de 1.700 pessoas foram detidas neste domingo, informou a OVD-Info, incluindo um diretor da ONG Memorial, Oleg Orlov, e a conhecida ativista Svetlana Gannushkina.
A OVD-Info também relatou pelo menos 279 pessoas detidas em São Petersburgo.
Vários ativistas e ONGs publicaram vídeos nas redes sociais que mostram detenções brutais, com agressões.
De acordo com a OVD-Info, mais de 200 pessoas foram detidas nas cidades de Novosibirsk e Ekaterimburgo.
Para dissuadir qualquer crítica, as autoridades russas aprovaram uma nova lei na sexta-feira que reprime "informações falsas" sobre as atividades do exército russo na Ucrânia. De acordo com o texto, as penas variam de multa a 15 anos de prisão.
Meios de comunicação russos e estrangeiros anunciaram a suspensão das atividades na Rússia.
As pessoas que protestam contra a presença militar russa na Ucrânia estão sistematicamente expostas a multas, de acordo com um novo artigo do código administrativo que proíbe ações públicas que "desacreditem as Forças Armadas".
MOSCOU