Veja a seguir as áreas da Ucrânia que são controladas pela Rússia:
A luta por Kiev
As tropas russas estão avançando em Kiev pelo norte, embora o progresso tenha diminuído nos últimos dias.
Na quinta-feira (3/3), o Ministério da Defesa do Reino Unido (MoD) disse que um longo comboio de veículos militares russos que se dirigia para a capital havia sido paralisado por uma "firme resistência ucraniana, avaria mecânica e congestionamento".
Desde então, o comboio não parece ter avançado de forma significativa. No entanto, Kiev enfrentou vários ataques aéreos e grandes explosões.
O aeroporto de Hostomel tem sido palco de combates sangrentos e mudou de mãos várias vezes nos últimos dias, de acordo com o Instituto para o Estudo da Guerra. Mas até agora tanques russos e veículos blindados não foram vistos na capital.
Ataques pelo norte
O avanço mais rápido em Kiev ocorreu pelo lado oeste do rio Dnieper via Chernobyl, com os russos assumindo o controle de uma grande área ao norte e oeste da capital.
As tropas russas estão agora avançando sobre a capital pelo oeste. Elas também tentaram avançar sobre Chernihiv, a nordeste de Kiev, mas enfrentaram forte resistência e a cidade continua em mãos ucranianas.
Avanço pelo leste
Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, enfrentou um intenso bombardeio aéreo nos últimos dias.
Na quarta-feira (2/3), o prefeito da cidade disse que o pesado bombardeio matou pelo menos 21 pessoas e feriu ao menos mais 100 outras.
Pára-quedistas russos foram vistos nos arredores da cidade, mas até agora os militares ucranianos conseguiram manter o controle. Os bombardeios também continuaram em torno de Donetsk, que foi atacada por tropas a partir de Belgorod, no oeste da Rússia.
Acredita-se que existam cerca de 14 mil separatistas apoiados pela Rússia em Donetsk e Luhansk, que podem ajudar num avanço russo. A Ucrânia acredita que o número é maior.
Avanço pelo sul
As forças russas agora assumiram o controle da cidade portuária de Kherson — o primeiro grande município a cair. O prefeito da cidade publicou uma mensagem no Facebook informando aos moradores que a bandeira ucraniana ainda tremula sobre o local, mas não havia mais forças ucranianas capazes de oferecer resistência.
Enquanto isso, a cidade portuária de Mariupol continua sob ataque constante e seu prefeito alertou para uma catástrofe humanitária que se aprofunda na região.
Um porta-voz rebelde pró-Rússia disse na quinta-feira que eles lançariam "ataques direcionados" contra a cidade, a menos que as forças ucranianas se rendessem. Um avanço de Mariupol para o leste criaria uma ponte de terra entre a Crimeia e o território controlado por separatistas pró-Rússia em Donetsk e Luhansk.
Nos dias que antecederam a invasão, a Rússia posicionou navios de desembarque capazes de transportar tanques de guerra, veículos blindados e de uso pessoal, ao longo da costa ucraniana no Mar Negro e no Mar de Azov.
Milhares fogem através pelas fronteiras
Desde o início da invasão, 1,5 milhão de civis fugiram da Ucrânia, segundo as Nações Unidas. A União Europeia estima que até 4 milhões de pessoas podem tentar deixar o país por causa da invasão russa.
Os refugiados estão cruzando as fronteiras para países vizinhos a oeste, como Polônia, Romênia, Eslováquia, Hungria e Moldávia, como você confere a seguir.
Sobre estes mapas
Para indicar quais partes da Ucrânia estão sob controle das tropas russas, usamos avaliações diárias publicadas pelo Instituto para o Estudo da Guerra com o Projeto de Ameaças Críticas do American Enterprise Institute.
A partir de 2 de março, esta avaliação diária passou a diferenciar "território ucraniano controlado pelos russos identificados" e "avanços russos identificados na Ucrânia", este último indica as áreas de onde acredita-se que os russos tenham lançado ataques, mas que não são controladas por eles.
Para mostrar as principais áreas onde os avanços estão ocorrendo, também utilizamos atualizações diárias do Ministério da Defesa do Reino Unido e da pesquisa da BBC. Para mostrar locais onde ocorreram ataques ou explosões, as fontes são os relatórios verificados pela BBC.
A situação na Ucrânia está mudando rapidamente e é provável que haja momentos em que algumas mudanças não estão refletidas nos mapas publicados.
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