Jornal Estado de Minas

Guerra

Rússia x Ucrânia: um guia visual para entender o conflito


As forças russas lançaram uma invasão em grande escala da vizinha Ucrânia, com ataques espalhados por cidades de todo o país. Várias pessoas foram mortas e mais de 1,5 milhão de pessoas fugiram de suas casas.





Os mapas e as imagens a seguir ajudam a explicar o que sabemos sobre o que aconteceu até agora.

Onde fica a Ucrânia?

A Ucrânia fica na porção leste da Europa e faz fronteira com a Rússia.

O país fez parte da União Soviética, mas tornou-se independente em 1991.


(foto: BBC)

O presidente russo, Vladimir Putin, entende que, historicamente, a Ucrânia faz parte da Rússia.

Em 2014, a Rússia invadiu a Crimeia, no sul da Ucrânia, e continua a ocupá-la até hoje.


(foto: BBC)

Onde a Rússia atacou?

As forças russas cruzaram as fronteiras da Ucrânia na manhã de 24 de fevereiro e começaram a bombardear alvos militares perto de grandes cidades.





Várias áreas habitadas por civis foram atacadas, incluindo um complexo de apartamentos fora de Kharkiv — uma cidade com 1,4 milhão de pessoas no nordeste da Ucrânia.

Pessoas feridas foram vistas após os ataques aéreos. A foto de uma mulher com bandagens e sangramentos na cabeça rodou o mundo e foi destaque em vários sites e jornais nos últimos dias.

Passados 11 dias do início do conflito, a Rússia controla algumas regiões da Ucrânia localizadas próximas das fronteiras, de onde partiram os ataques, e começa a avançar território adentro.


(foto: BBC)

Embora os últimos dias tenham sido marcados por muitos bombardeios e conflitos, a capital Kiev permanece sob controle ucraniano.

Por que a Rússia está invadindo a Ucrânia?

Desde 2014, as forças armadas da Ucrânia e os separatistas apoiados pela Rússia travam uma guerra nas regiões de Donetsk e Luhansk, na qual mais de 14 mil pessoas morreram.





O presidente Putin reconheceu em fevereiro a independência dessas duas regiões mantidas pelos separatistas. Ele também enviou tropas russas para lá, rompendo o acordo de paz.


(foto: BBC)

Como a população da Ucrânia está sendo afetada pelo conflito?

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que mais de 360 civis foram mortos até agora.

Muitos estão tentando deixar o país, com estimativas de que mais de 1,5 milhão de pessoas tiveram que deixar suas casas.

Na perspectiva da ONU, essa é a crise de refugiados na Europa mais acelerada desde a Segunda Guerra Mundial.

Para onde os refugiados ucranianos estão indo?


(foto: BBC)

Desde o início da guerra, grandes congestionamentos foram registrados nas estradas que levam às fronteiras dos países vizinhos.





Em Kiev, uma parte da população foi para as estações de metrô e os abrigos antiaéreos, enquanto outra parcela tentou deixar a cidade.

Países como Lituânia, Letônia, Polônia, Hungria, Eslováquia e Romênia e Moldávia disseram que esperam uma onda de refugiados da Ucrânia.

Nos últimos dias, também aconteceram tentativas para a criação de "corredores humanitários", que permitiram que os refugiados saíssem das áreas de conflito, como Mariupol, com mais segurança.

Mas, na prática, essas tentativas falharam, com acusações de que o cessar-fogo foi desrespeitado de ambos os lados.


(foto: BBC)

(foto: BBC)

Por que a guerra começou justamente agora?



O que a guerra na Ucrânia significa para o resto do mundo?

Desde o início do conflito, vários países e blocos econômicos, como Estados Unidos, Reino Unido e a União Europeia, lançaram sanções econômicas sobre a Rússia.





O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, disse que o país "não pode e não vai apenas desviar o olhar" do ataque "horrível e bárbaro" da Rússia à Ucrânia.

Johnson também tentou tranquilizar o público prometendo fazer "tudo para manter o país seguro" e trabalhar com aliados "por quanto tempo for necessário" para restaurar a independência da Ucrânia.

Em fevereiro, ele anunciou sanções contra cinco bancos russos e três bilionários russos.

Um discurso semelhante foi adotado por outros líderes, como Joe Biden, dos Estados Unidos, e Emmanuel Macron, da França.

No Brasil, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) declarou que "a guerra não interessa para ninguém" e que faria "uma reunião para dimensionar o que está acontecendo".

Alguns dias depois, o presidente reforçou uma posição de "isenção" e "respeito a todos".





"A nossa postura tem mostrado para o mundo como estamos reagindo nesse episódio. Estamos conectados com o mundo todo, o equilíbrio, a isenção e o respeito a todos se faz valer pelo chefe do Executivo", discursou Bolsonaro.

Como resultado do conflito, o preço do barril de petróleo ficou acima de 125 dólares (R$ 637), nível mais alto nos últimos sete anos. Isso deve afetar o valor do combustível, o que acaba encarecendo toda a cadeia de bens e serviços.

Os eventos na Ucrânia também parecem estar relacionados à queda nos preços globais das ações e à subida da cotação do ouro, já que os investidores estão preocupados com o possível impacto do conflito na economia.





As sanções também estão impactando a economia da Rússia. A cotação do rublo, moeda local, teve uma queda história, como é possível observar no gráfico a seguir.


(foto: BBC)

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