Kevin Steele, promotor do condado de Montgomery, na Pensilvânia, pediu ao tribunal em novembro de 2021 que revisasse a decisão da suprema corte deste estado do nordeste dos Estados Unidos de anular a sentença contra o ator devido a um depoimento incriminador considerado contrário à lei.
Muitas vozes se levantaram contra essa decisão como um desprezo ao movimento #MeToo, que denuncia a violência contra as mulheres. O mais alto órgão judicial dos EUA informou em seu site que "indeferiu" o recurso, sem dizer o motivo.
Bill Cosby ficou preso de 2018 a 30 de junho de 2021 pela agressão sexual de 2004 a Andrea Constand, uma mulher que trabalhava para a Temple University, na Filadélfia.
O primeiro promotor encarregado do caso decidiu em 2005 não processar Cosby no tribunal criminal, mas instou-o a depor nas ações civis apresentadas pela denunciante, e ele concordou.
Durante a audiência, o ator admitiu ter dado a Andrea Constand um sedativo e a submetido a toques, acreditando que ela deu seu consentimento, pois não havia protestado.
Mas esse testemunho foi usado contra ele durante o julgamento criminal, quando um novo promotor, Kevin Steele, decidiu relançar o caso anos depois. Bill Cosby, 84, apelou da condenação para a Suprema Corte da Pensilvânia.
William Henry Cosby Jr., seu nome completo, foi condenado em 2018 a um mínimo de três anos de prisão (máximo de 10 anos), e passou quase três atrás das grades.
Cerca de sessenta mulheres o acusaram de agressão sexual e algumas delas de estupro, mas os casos prescreveram.
O ator foi um dos primeiros afro-americanos a fazer sucesso na telinha, onde interpretou o pai ideal em seu programa de televisão.
WASHINGTON