Pela primeira vez, nesta segunda-feira (7/3), o governo russo listou as condições feitas à Ucrânia para retirar as forças do país e encerrar a guerra travada há 12 dias.
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Putin tira Brasil da lista de países considerados hostis contra RússiaUcrânia e Rússia retomam negociações em Belarus; entendaGuerra na Ucrânia: os cidadãos que cavam trincheiras para lutar contra tropas russas em florestasSol negro: o que é o símbolo associado ao nazismo usado por militar ucraniano em foto viral da guerraO porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou, em telefonema para a agência Reuters, que o ataque "acaba em um instante" se o país ucraniano se render militarmente, mudar sua Constituição garantindo que nunca irá fazer parte da Otan ou à União Europeia, reconhecer a região da Crimeia anexada em 2014 como território russo e as ditas repúblicas separatistas do Donbass como independentes.
Peskov informou que os ucranianos souberam das condições por negociadores russos na última semana, quando as duas reuniões foram realizadas em Belarus. A terceira rodada de conversa será feita hoje, em uma região que funciona como base para ações ao norte da Ucrânia.
Ainda de acordo com Peskov, os russos não farão outras exigências territoriais. "Nós realmente estamos acabando a desmilitarização da Ucrânia. Vamos acabá-la. Mas a principal coisa é a Ucrânia cessar sua ação militar. Aí ninguém vai atirar", disse Peskov, que exige a rendição do país-vizinho.
Na ligação, o porta-voz ainda disse que "seria uma questão de tempo" ver mísseis intermediários e outras armas ofensivas colocadas em uma Ucrânia integrante da Otan. "Tivemos de agir."
Em contrapartida, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, se recusa a ceder às forças russas. No último sábado (5/3), Vladimir Putin falou que a Ucrânia corre o risco de deixar de ser um Estado soberano.
*Estagiária sob supervisão de Lorena Pacheco