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Estado de Minas CONFLITO

13º dia de guerra na Ucrânia: corredores humanitários e a pressão da Rússia

Para interromper ataques, Putin quer mudança na constituição ucraniana e reconhecimento de territórios


08/03/2022 06:00 - atualizado 07/03/2022 23:20

Seis corredores humanitários que serão abertos para permitir que civis escapem da guerra
Seis corredores humanitários que serão abertos para permitir que civis escapem da guerra (foto: Dimitar DILKOFF / AFP)
Com 1 milhão e 700 mil refugiados e ataques em quase todas as principais cidades, a invasão da Rússia na Ucrânia chega ao 13º dia nesta terça-feira (8/3). Ontem, a terceira rodada de negociações terminou com o retorno dos corredores humanitários.

Após o encontro, o porta-voz da delegação ucraniana, Mykhailo Podoliyak, revelou que houve um pequeno avanço nas conversas. "Continuamos com as consultas intensivas sobre o bloco político básico dos regulamentos, juntamente com um cessar-fogo e garantias de segurança", declarou.

Já o porta-voz da comitiva russa, Igor Konashenkov, falou sobre os seis corredores humanitários que serão abertos para permitir que civis escapem da guerra. Entretanto, a Ucrânia questionou que algumas destas rotas levam direto para a Rússia ou Belarus.  


A Rússia disse ainda que só vai interromper os ataques assim que Ucrânia atender as demandas de Vladimir Putin. Entre as exigências, está uma mudança na constituição, para que a Ucrânia nunca integre a Otan, além da cessão dos territórios da Crimeia e de Donbass.

Zelensky promete vingança por família morta 

O presende da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, prometeu se vingar dos militares russos pela morte de uma família em um corredor humanitário. O ataque matou mãe, pai e dois filhos.

“Eles estavam tentando escapar. Quantas dessas famílias morreram na Ucrânia? Não vamos perdoar. Nós não esqueceremos. Vamos punir todos os que cometeram atrocidades nesta guerra”, afirmou.

Rússia recruta sírios com experiência

A Rússia está recrutando combatentes sírios com experiência em combate urbano, ao mesmo tempo que avança na invasão da Ucrânia, informaram fontes do governo americano citados pelo jornal Wall Street Journal.

Moscou, que iniciou a invasão ao país vizinho em 24 de fevereiro, recrutou nos últimos dias combatentes da Síria com a expectativa de que possam ajudar na tomada de Kiev, afirmaram quatro fontes do governo dos Estados Unidos ao jornal.
 

Prefeito morre após ataques russos

O Exército russo matou o prefeito de Gostomel, cidade a noroeste da capital ucraniana, onde está localizado um aeroporto estratégico, informou nesta segunda-feira a prefeitura desta cidade.

"O prefeito da cidade de Gostomel, Yuri Illich Prylypko, morreu enquanto distribuía pão e remédios aos doentes", disse o município em comunicado em sua página oficial no Facebook.

Reino Unido, Canadá e Holanda fazem pacto

Os primeiros-ministros Boris Johnson (Reino Unido), Justin Trudeau (Canadá) e Mark Rutte (Holanda) declararam que estão unindo ações para auxiliar os ucranianos, nos âmbitos “econômico, financeiro e humanitário”. 

Johnson afirmou, em coletiva, que serão doadas 175 milhões de libras à Ucrânia. Ao todo, o país já enviou 400 milhões de libras ao país do leste europeu.

Ucrânia faz presos russos desfilarem

O país foi acusado de obrigar soldados russos capturados no front a desfilarem para mostrarem arrependimento, que é um uso político dos prisioneiros de guerra e gerou questionamentos.

O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) lembrou que os inimigos capturados devem ser tratados com "dignidade", e o governo russo acusou as autoridades ucranianas de "torturar" os soldados presos.
 

Rússia não inclui Brasil em lista hostil 

O Kremlin divulgou uma lista de países considerados hostis e a qual o Brasil não faz parte. Apesar de o Itamaraty manter uma postura neutra no conflito, conforme o esperado, o Brasil votou a favor da resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) condenando a guerra.

Figuram na lista russa: Austrália, Albânia, Andorra, Reino Unido, os 27 países da União Europeia, Islândia, Canadá, Liechtenstein, Micronésia, Mônaco, Nova Zelândia, Noruega, Coreia do Sul, San Marino, Macedônia do Norte, Singapura, Estados Unidos, Taiwan, Ucrânia, Montenegro, Suíça e Japão. 

Avião da FAB decola para resgatar brasileiros

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou de Brasília rumo a Varsóvia, na Polônia, para buscar os brasileiros que já conseguiram fugir da Ucrânia após a invasão. A aeronave deve retornar ao Brasil na quinta-feira.

Os cidadãos devem embarcar de acordo com os critérios definidos pelo Ministério das Relações Exteriores, responsável por coordenar a missão de resgate em conjunto com o Ministério da Defesa.


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