Figura-chave da extrema direita americana, Henry "Enrique" Tarrio, de 38 anos, está sendo processado por "associação criminosa" com outros cinco membros de sua organização, segundo os serviços do promotor Matthew Graves, que supervisiona a extensa investigação sobre o ataque contra o Capitólio.
Um ardente defensor do ex-presidente republicano Donald Trump, Tarrio não é acusado de ter participado pessoalmente da tomada da sede do Legislativo quando os parlamentares certificaram a vitória do democrata Joe Biden nas eleições presidenciais, mas de ter "dirigido o planejamento antecipado e mantido em contato com outros membros do Proud Boys durante sua invasão no Capitólio", indicou o comunicado.
Henry Tarrio foi preso em 4 de janeiro de 2021 em Washington por queimar uma bandeira do movimento antirracista Black Lives Matter pendurada na fachada de uma igreja afro-americana e por posse de carregadores de armas proibidas na capital federal.
Mais tarde, foi libertado sob ordens de ficar fora de Washington, o que explica sua ausência no Capitólio em 6 de janeiro. Depois de se declarar culpado de ambos os crimes, foi condenado a cinco meses de prisão.
Tarrio é o segundo líder de extrema-direita levado à justiça mais de um ano após este incidente violento sem precedentes. Anteriormente, o fundador e líder dos Oath Keepers, Stewart Rhodes (56), havia sido preso.
No total, mais de 775 pessoas foram presas desde 6 de janeiro por esses eventos.