Foi divulgado que 17 pessoas ficaram feridas, incluindo funcionários e mulheres em trabalho de parto.
Não há informação sobre crianças feridas, disse Pavlo Krylenko, chefe da administração militar ucraniana. "Espero que continue dessa maneira", afirmou.
Em um post no Facebook, a Câmara Municipal de Mariupol disse que "as forças de ocupação russas jogaram várias bombas no hospital infantil. A destruição é colossal".
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, tuitou imagens relacionadas ao incidente e declarou: "Atrocidade! Por quanto tempo mais o mundo será cúmplice ao ignorar o terror?".
Mariupol. Direct strike of Russian troops at the maternity hospital. People, children are under the wreckage. Atrocity! How much longer will the world be an accomplice ignoring terror? Close the sky right now! Stop the killings! You have power but you seem to be losing humanity. pic.twitter.com/FoaNdbKH5k
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Um parlamentar do país disse que "pessoas estavam sendo retiradas de destroços".
Mariupol. Russian artillery ruined maternity hospital and children hospital. A lot of killed and wounded women. No information about children and newborn yet. Hey, @UN how are you doing? Please retweet pic.twitter.com/QJSfUMMngW
— Dmytro Gurin, Ukrainian MP (@DmytroGurinMP) March 9, 2022
A Rússia havia concordado com um cessar-fogo de 12 horas de duração para a retirada de civis das seis localidades ucranianas mais atingidas pelos bombardeios, que é o caso de Mariupol.
A BBC conversou com o vice-prefeito da cidade, Serhiy Orlov, que disse: "Nós não entendemos como é possível na vida moderna bombardearem um hospital infantil".
Ele declarou que as pessoas que conseguiram escapar do local estão com "raiva total" e "não acreditam que isso seja verdade".
Mariupol tem 450 mil habitantes e é uma cidade importante na rota entre a Rússia e a Crimeia, região que pertencia ao território ucraniano e foi anexada em 2014.
Ao menos 1.170 civis morreram na cidade desde o começo da invasão, segundo o vice-prefeito. Orlov afirma que estão sendo abertas valas coletivas porque não há condição de enterrar os mortos da maneira adequada.
O premiê britânico Boris Johnson declarou no Twitter que "há poucas coisas mais depravadas do que ter vulneráveis e sem defesa como alvo".
Pedido por zona de exclusão aérea
O presidente Zelensky, ao falar sobre o ataque ao hospital infantil, voltou a pedir que seja imposta uma zona de exclusão aérea para impedir mais bombardeios russos.
A Otan e potências ocidentais resistem a adotar a medida porque representaria um passo em direção a um engajamento direto no conflito.
Em um contexto militar, uma zona de exclusão aérea é decretada para impedir que aeronaves entrem no espaço aéreo proibido, geralmente para evitar ataques ou vigilância de uma região.
Isso pode significar ataques preventivos contra sistemas defensivos ou até mesmo derrubando aeronaves que entram na área restrita.
Uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia significaria que as forças militares — especificamente as forças da Otan — se envolveriam diretamente com qualquer avião russo avistado nos céus e o atacariam, caso fosse necessário.
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