Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Reino Unido pede ao G7 para proibir importação de petróleo russo

O Reino Unido instou nesta quarta-feira (9) todos os países do G7 - o grupo das sete economias mais industrializadas do mundo - a "pôr fim ao uso de petróleo e gás russos", como fez Londres junto com os Estados Unidos.





 

  


"Putin deve fracassar", declarou a ministra britânica das Relações Exteriores, Liz Truss, durante uma visita aos Estados Unidos.

"Em nossa resposta" à invasão russa da Ucrânia, "devemos redobrar nossas sanções", disse ela durante uma visita a Washington.

Segundo a ministra, isso incluiria a desconexão "total" dos bancos russos do sistema internacional Swift.

A União Europeia já desligou sete bancos russos desta plataforma segura que permite operações-chave, mas mantém dois grandes estabelecimentos financeiros intimamente ligados ao setor dos hidrocarbonetos, devido à forte dependência de vários Estados europeus do gás russo.



Pela mesma razão, a UE não quer proibir a importação de energia russa por enquanto.

"Queremos encorajar um grupo maior de países a se juntar a nós nessas sanções", disse Liz Truss, depois que seu país e os Estados Unidos proibiram as importações de petróleo russo.

 

 


Antony Blinken também disse estar "absolutamente convencido de que Putin acabará fracassando".

"A Rússia sofrerá uma derrota estratégica, independentemente de seus ganhos táticos de curto prazo na Ucrânia", destacou.

Blinken afirmou que as sanções já "apagaram 30 anos de progresso na integração da Rússia com o resto do mundo" e prometeu continuar "aumentando a pressão" sobre o presidente russo, Vladimir Putin.

Ele também pediu "ao Kremlin para permitir imediatamente que os civis ucranianos deixem com segurança as cidades ucranianas sitiadas pelas forças russas" e acusou Moscou de "bloquear" essas saídas.

"A proposta do Kremlin de criar corredores humanitários que levem à Rússia ou a Belarus é absurda. É ofensivo sugerir que os ucranianos devem buscar refúgio neste mesmo governo que mostra tanto descaso por suas vidas", destacou Blinken.