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Estado de Minas MOSCOU

Rússia acusa EUA de financiar na Ucrânia pesquisa sobre armas biológicas

Governo russo afirma ter encontrado evidências em laboratórios da Ucrânia


10/03/2022 06:29 - atualizado 10/03/2022 10:44

Joe Biden
Joe Biden, presidente dos Estados Unidos (foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP)
O Ministério russo da Defesa acusou o governo americano, nesta quinta-feira (10), de ter financiado um programa de armas biológicas na Ucrânia e disse ter encontrado evidências a esse respeito em laboratórios ucranianos.

"O objetivo destas pesquisas biológicas financiadas pelo Pentágono na Ucrânia era criar um mecanismo para a disseminação secreta de patógenos mortais", disse o porta-voz do ministério, Igor Konashenkov, em sua coletiva de imprensa matinal.

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Segundo ele, Moscou recuperou "documentos enviados por funcionários de laboratórios ucranianos", evocando "a transferência de biomateriais humanos coletados na Ucrânia para países estrangeiros a pedido de representantes americanos".

Konashenkov também citou um "projeto americano para a transferência de patógenos por pássaros selvagens migratórias entre Ucrânia e Rússia e outros países vizinhos".

O porta-voz disse que os Estados Unidos pretendiam "realizar trabalhos sobre patógenos de pássaros, morcegos e répteis na Ucrânia em 2022", assim como a "possibilidade de propagação da peste suína africana e do antraz".

"Nos laboratórios estabelecidos e financiados na Ucrânia, esses documentos mostram que foram feitos experimentos com amostras de coronavírus de morcego", afirmou Konashenkov.

Estados Unidos e Ucrânia negaram a existência de laboratórios para produzir armas biológicas neste país, que enfrenta uma ofensiva de dezenas de milhares de soldados russos desde 24 de fevereiro.

Em 2018, a Rússia acusou os Estados Unidos de fazer, em sigilo, experimentos biológicos em um laboratório na Geórgia. Assim como a Ucrânia, esta ex-república soviética também quer ingressar na OTAN e na União Europeia.

Para justificar sua ofensiva, Moscou indicou que a Ucrânia queria se dotar do armamento nuclear, ao qual renunciou voluntariamente na década de 1990.


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