Durante vários meses, Teerã participou das negociações em Viena com as grandes potências para tentar salvar o acordo de 2015 que limita seu programa nuclear, em troca do levantamento das sanções internacionais.
Em 2018, durante o governo de Donald Trump, Washington se retirou do acordo e reimpôs sanções que estrangulam a economia iraniana. Em resposta, Teerã deixou de honrar seus compromissos.
"A cada hora, as negociações de Viena ficam mais complicadas sem uma decisão política dos Estados Unidos", tuitou o secretário do Conselho Supremo de Segurança Nacional do Irã, Ali Shamkhani.
"A posição dos EUA sobre as principais demandas do Irã, junto com suas propostas ilógicas e pressão injustificada para conseguir um entendimento (em Viena) rapidamente, mostram que os Estados Unidos não estão interessados em um acordo sólido que satisfaça ambas as partes", acrescentou.
Quando parecia que um acordo estava prestes a ser alcançado, a Rússia, um dos países signatários, atingida pelas sanções ocidentais por sua invasão da Ucrânia, pediu na semana passada garantias por escrito de Washington para que essas penalidades não interfiram em sua cooperação militar e econômica com o Irã.
O negociador russo Mikhail Ulyanov disse na quarta-feira que as negociações em Viena não foram encerradas quando eles fizeram suas exigências.
"Alguns querem nos responsabilizar pelo prolongamento das negociações. (Mas) essas negociações sequer acabaram, nem o texto final do acordo está pronto", disse.
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