O Reino Unido impôs, nesta quinta-feira (10), sanções a mais sete magnatas russos, congelando seus ativos no país e proibindo viagens ao território britânico. Entre os atingidos está o dono do Chelsea, Roman Abramovich.
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Além de Abramovich, foram atingidos pelas sanções Igor Sechin, presidente executivo da petrolífera estatal russa Rosneft; Andrey Kostin, presidente do banco VTB; Alexei Miller, presidente da empresa de energia Gazprom; Nikolai Tokarev, presidente da empresa estatal russa de oleodutos Transneft; Oleg Deripaska, antigo sócio de Abramovich e diretor executivo do grupo industrial Basic Element; e Dmitri Lebedev, presidente do Conselho de Administração do Banco Rossiya.
No total, segundo o governo britânico, os sete têm patrimônio líquido coletivo de cerca de 15 bilhões de libras – R$ 99 bilhões na cotação atual.
Além do congelamento de bens e da proibição de viagens para o Reino Unido, nenhum cidadão ou empresa britânica pode fazer negócios com os sete magnatas russos.
Roman Abramovich
Para o governo britânico, Abramovich "recebeu tratamento especial e concessões" do Kremlin e, por meio de suas ligações na área dos negócios, esteve "envolvido na desestabilização da Ucrânia, minando e ameaçando a integridade territorial, a soberania e a independência" desse país do Leste europeu.
O Ministério britânico dos Negócios Estrangeiros acusa Roman Abramovich de estar ligado à empresa de siderurgia Evraz PLC, da qual detém participação significativa e sobre a qual exerce controle. A empresa poderá ter fornecido aço às forças militares russas para a fabricação de tanques de guerra.
As sanções a Abramovich deverão ter forte impacto no Chelsea Football Club, do qual o oligarca russo é dono.
A secretária britânica da Cultura, Nadine Dorries, adiantou que foi emitida licença especial que permite a realização dos jogos do clube, assim como o pagamento aos jogadores e funcionários. Apenas Abramovich será privado de todos os benefícios provenientes do Chelsea.
"Sei que isso traz algumas incertezas, mas o governo vai trabalhar com a Liga e com os clubes para que o futebol continue a ser jogado, enquanto asseguramos que as sanções atinjam os alvos pretendidos", disse Nadine.
Oligarcas são "cúmplices"
A ministra dos Negócios Estrangeiros do Reino Unido, Liz Truss, disse, por sua vez, que "as sanções de hoje mostram mais uma vez que oligarcas e cleptocratas não têm lugar na economia ou na sociedade do país".
"Com laços estreitos com Putin, eles são cúmplices da agressão à Ucrânia", justificou.
A Rússia lançou, na madrugada de 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que causou pelo menos 516 mortos e mais de 900 feridos entre a população civil.
Mais de 2,1 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
Mais de 2,1 milhões de pessoas fugiram para países vizinhos, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU).
A invasão russa foi condenada comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas a Moscou.